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Notícias / Arqueologia

Bloco de pedra é encontrado no fundo da Gruta Azul, na Itália

Elemento arquitetônico foi encontrado a 3 metros de profundidade, e pode ter sido parte de ninfeu do imperador romano Tibério

Éric Moreira Publicado em 12/02/2024, às 16h10 - Atualizado em 17/02/2024, às 14h21

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Bloco de pedra trabalhado submerso e depois de resgatado - Divulgação/Superintendência de Arqueologia, Belas Artes e Paisagem da Região Metropolitana de Nápoles
Bloco de pedra trabalhado submerso e depois de resgatado - Divulgação/Superintendência de Arqueologia, Belas Artes e Paisagem da Região Metropolitana de Nápoles

Pesquisas recentes lideradas pela Superintendência de Arqueologia, Belas Artes e Paisagem da Região Metropolitana de Nápoles, cidade que fica no sul da Itália, revelaram um grande bloco de pedra trabalhado submerso no fundo da belíssima Gruta Azul, em Capri. O local, vale mencionar, é famoso não só por sua beleza natural, mas também por ter servido como área de banho privada do imperador romano Tibério, no passado.

A descoberta foi divulgada recentemente mediante um comunicado de imprensa da Superintendência de Arqueologia, Belas Artes e Paisagem da Região Metropolitana de Nápoles. É descrito que o bloco, encontrado a 3 metros de profundidade, pode ter feito parte do mobiliário do antigo imperador.

Após a identificação, a equipe de pesquisa utilizou balões e mergulhadores, que manobraram o bloco de pedra através da abertura da caverna, para que fosse recuperado. O elemento arquitetônico, então, foi enviado ao porto de Capri, onde estudos mais aprofundados devem ser feitos no objeto, para se compreender melhor sua origem.

Bloco de pedra trabalhado sendo resgatado na Gruta Azul / Crédito: Divulgação/Superintendência de Arqueologia, Belas Artes e Paisagem da Região Metropolitana de Nápoles

Gruta Azul

A Gruta Azul é uma exuberante caverna marinha localizada na costa da ilha de Capri, no sul da Itália, e também um famoso ponto turístico. Isso se deve pela sua notória beleza: as águas azuis em seu interior brilham com a luz do sol através do arco e da cavidade subaquática, o que chamou até mesmo a atenção do antigo imperador romano Tibério (que governou entre os anos 14 e 37 d.C.), que adotou o lugar como seu local privado.

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Conforme descrito pelo Heritage Daily, a gruta mede 60 metros de comprimento por 25 de largura. Sua entrada, porém, possui apenas dois metros de largura e um metro de altura em maré baixa — logo, a caverna só é acessível e segura quando a maré está baixa e com o mar calmo.

Tibério, na antiguidade, encomendou a construção de um ninfeu imperial — um santuário consagrado às ninfas aquáticas — dentro da caverna, que foi adornada com estátuas, incluindo representações de deuses romanos.

Na década de 1960, escavações no local descobriram três estátuas que representavam os deuses romanos do mar, Netuno e Tritão, que agora estão em exibição em um museu na comuna de Anacapri. Além delas, também foram recuperadas no chão da gruta, em 2009, sete bases de estátuas.