Robinho foi condenado em última instância a nove anos de prisão por estuprar em grupo uma jovem de 23 anos, em Milão
Redação Publicado em 17/02/2023, às 15h14
Nesta sexta-feira, 17, o ministro da Justiça da Itália, Carlo Nordio, solicitou ao governo do Brasil que execute a pena do ex-jogador Robinho, condenado em última instância a nove anos de prisão por estuprar em grupo uma jovem de 23 anos, mediante as leis do território brasileiro. O pedido também inclui o amigo do ex-atacante, o também condenado, Ricardo Falco.
Segundo informações do portal UOL, que teve acesso exclusivo aos despachos, Nordio solicita "que o caso seja submetido a competente autoridade judiciária brasileira para que autorize, conforme a lei brasileira, a execução da pena de nove anos de reclusão infligida a Robson de Souza pela sentença do Tribunal de Milão em data de 23 de novembro de 2017, que tornou-se definitiva em 19 de janeiro de 2013".
Em outro trecho, as autoridades italianas ressaltam que o pedido de extradição do ex-atacante, encaminhado em 2022, foi negado devido ao artigo 5 da Constituição brasileira, que prevê a proibição de extradição dos nacionais. Posteriormente, o ministro da Justiça, Flávio Dino, declarou, a respeito da possibilidade de Robinho e Falco cumprirem a pena no Brasil:
A própria Constituição brasileira proíbe a extradição de brasileiros natos, e agora, em tese, pode haver o cumprimento de pena (no Brasil), mas é algo a ser examinado posteriormente quando isso efetivamente tramitar. De qualquer forma, eles devem ser punidos”.
O caso aconteceu em uma boate em Milão, no dia 22 de janeiro de 2013. Robinho e outros cinco amigos foram denunciados por abusarem sexualmente de uma mulher albanesa. Na época, ela estava no local para comemorar seu aniversário.
Em 2014, o atleta afirmou em depoimento que manteve relações sexuais com a vítima mas que nunca cometeu qualquer tipo de violência contra ela. Robinho manteve sua versão inicial durante entrevista para o UOL em 2020.
