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Cidade do Cabo é tomada por fedor "inimaginável" de gado em navio de exportação

Após um intenso mal-cheiro tomar a cidade sul-africana, investigações apontaram que origem era um navio que transportava gado vivo

Éric Moreira Publicado em 20/02/2024, às 08h27

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Fotografia de área portuária da Cidade do Cabo, na África do Sul - Foto por HPBotha pelo Wikimedia Commons
Fotografia de área portuária da Cidade do Cabo, na África do Sul - Foto por HPBotha pelo Wikimedia Commons

Recentemente, os habitantes da Cidade do Cabo, uma cidade portuária na costa sudoeste da África do Sul, se incomodaram grandemente com um forte mau cheiro que tomou a região. Após investigação, foi descoberto que o odor era proveniente de um navio que transportava gado vivo e que estava atracado em seu porto.

Segundo o The Guardian, as autoridades inspecionaram as instalações de esgoto em busca de vazamentos, e uma equipe de saúde ambiental já havia sido acionada para tentar solucionar o mau cheiro. Porém, as buscas terminaram depois que foi descoberta a origem do fedo, em um navio que transportava 19 mil cabeças de gado vivo do Brasil com direção ao Iraque.

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Após apontarem a origem do fedor, grupos de bem-estar animal alegaram que o fedor "inimaginável" indicava as condições sob as quais os animais transportados passavam no navio, além de criticarem a prática de exportação de animais vivos.

Este cheiro é indicativo das terríveis condições que os animais enfrentam, já tendo passado duas semanas e meia a bordo, com acumulação de fezes e amoníaco", afirmou o Conselho Nacional da Sociedade para a Prevenção da Crueldade contra os Animais em comunicado. "O fedor a bordo é inimaginável, mas os animais enfrentam isso todos os dias."

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Carga viva

O navio responsável pelo transporte dos animais se chama Al Kuwait — podendo ser identificado com uma bandeira do Kuwait —, uma embarcação de 190 metros de comprimento, segundo o site Marine Traffic. Ele atracou na Cidade do Cabo para carregar ração para o gado.

Outro grupo que condenou o transporte de animais vivos foi o partido político Aliança Democrática da África do Sul, que governa a Cidade do Cabo: "A exportação de animais vivos, como evidenciado por esta situação, expõe os animais a condições perigosas, como níveis perigosos de amônia, mar agitado, stress térmico extremo, lesões, ambientes sujos, exaustão e até morte", disse o partido em comunicado.

Vale recordar que, no início deste mês, um navio que carregava mais de 16 mil bovinos e ovinos também com destino ao Oriente Médio regressou à Austrália, após ter ficado encalhado por quase um mês no mar, após ataques de rebeldes Houti no Mar Vermelho.

A princípio, o governo australiano recusou o pedido de tentar reexportar os animais em uma rota mais longa, pois não se poderia ter certeza de que "os preparativos para o transporte do gado para o seu destino final no estrangeiro são apropriados para garantir a sua saúde e bem-estar."