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Notícias / Ciência

Cientistas criam 'anticoncepcional masculino' que impede nado de espermatozoides

Nova pílula anticoncepcional masculina promete impedir nado de espermatozoides sem afetar hormônios de quem a toma; testes em camundongos são promissores

Éric Moreira sob supervisão de Giovanna Gomes Publicado em 15/02/2023, às 11h45

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Imagem ilustrativa de espermatozoide fecundando óvulo - Imagem de freepik
Imagem ilustrativa de espermatozoide fecundando óvulo - Imagem de freepik

Um dos métodos contraceptivos mais comuns no mundo é o consumo de pílulas anticoncepcionais por mulheres, mas que desde sempre causaram polêmica devido às alterações hormonais que promovem no corpo de quem as toma. Porém, agora parece que cientistas deram mais um passo em direção a uma 'pilula anticoncepcional masculina', que possui uma vantagem: ela não afetaria hormonalmente aqueles que a tomassem.

Em estudo publicado na última terça-feira, 14, na revista científica Nature Communications, foi revelado que testes em camundongos apresentaram desfuncionalidade nos espermatozoides dos animais por algumas horas, sendo o suficiente para impedir as células sexuais de alcançarem o óvulo.

No momento, mais testes ainda se fazem necessários para que o projeto avance. Planeja-se, na próxima etapa, a realização de testes em coelhos, ainda antes de serem feitos em humanos — os pesquisadores esperam, eventualmente, desenvolver uma pílula para ser tomada uma hora antes da relação sexual.

Como funciona?

A principal vantagem do novo anticoncepcional é o fato de ele não envolver hormônios para impedir a ação perfeita dos espermatozoides, ao contrário da pílula feminina. Com isso, não seria necessário que cortasse a testosterona do usuário, o que também não traria efeitos colaterais.

Como já mencionado, a pílula não impediria a produção de espermatozoides do homem, mas bloquearia a ação da proteína responsável pela "natação do espermatozoide", a adenilil ciclase solúvel, como informa o g1. 

Os primeiros testes do novo produto, financiado pelos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA, foram realizados em camundongos, e apresentaram resultados significativos: durante cerca de três horas, os espermatozoides desses animais ficaram imóveis, e 24 horas depois todo o efeito parecia ter desaparecido completamente.

Melanie Balbach, do centro de pesquisas Weill Cornell Medicine, em Nova York, e uma das autoras do estudo, afirmou ainda que o projeto vem se mostrando promissor, por não só apresentar menos riscos à saúde do usuário, como também possui efeito reversível e é fácil de usar. Porém, ainda é importante ressaltar: o anticoncepcional não protegeria de doenças sexualmente transmissíveis, sendo os preservativos a medida essencial para isso ainda.