Datada do período romano, descoberta pode ser relacionada a antigo povo "bárbaro" da Idade do Ferro que viveu na região de Hrubieszów, na Polônia
Éric Moreira Publicado em 22/01/2024, às 14h17
Recentemente, o Conservador dos Monumentos Provinciais de Lublin, na Polônia, anunciou a descoberta de um conjunto de armamentos nas Florestas Estatais da região de Hrubieszów. Segundo os responsáveis pelo achado, os objetos possuem origem de antigos povos bárbaros que viveram na região no passado.
Conforme descrito pelo Heritage Daily, a maioria dos objetos de metal é feito de ferro corroído, e é dito que eles foram encontrados em um local de contexto raso. Foram identificados ao todo dois machados de batalha, dois cinzéis, uma dúzia de pontas de lança e um machado de lâmina que provavelmente era usado na carpintaria.
Segundo publicação do Conservador dos Monumentos Provinciais de Lublin nas redes sociais, "a quantidade de artefatos, a sua natureza, o método de depósito e o estado da sua preservação excluem a possibilidade de um cemitério ou de um único sepultamento, uma vez que não foram encontrados ossos ou fragmentos de cerâmica que indiquem uma cova".
Provavelmente estamos a lidar com armas usadas por tribos bárbaras durante o período romano", acrescenta. Vale mencionar que escavações anteriores em locais próximos já revelaram também o enterro de um guerreiro da cultura Przeworsk.
Ainda segundo o anúncio do Conservador dos Monumentos Provinciais de Lublin, o conjunto de objetos encontrados recentemente data do mesmo período em que os romanos estavam em seu auge, e possivelmente eram relativos ao antigo povo Przeworsk.
Os Przeworsk, por sua vez, surgiram ainda durante a Idade do Ferronas bacias do alto Oder e do Vístula, no século 3 a.C., e seguiram habitando a região do sul da Polônia até o século 5 d.C., quando ocorreu a invasão dos hunos e a crise social que colapsaria com o Império Romano.
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Também existem outras hipóteses de que os artefatos possam se relacionar a culturas góticas ou com os vândalos, mas enquanto não ocorre uma investigação mais aprofundada, isso segue apenas como especulação. Agora, os arqueólogos planejam retornar ao local na primavera, a fim de realizar uma inspeção arqueológica mais completa.
