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Notícias / Biologia

Pesquisa indica que criar filhos é um “sacrifício vitalício” para mães orcas

As fêmeas chegam a cuidar dos filhos machos a vida toda, mesmo que isso signifique perigo para elas

Redação Publicado em 09/02/2023, às 13h49

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Um filhote de orca fotografado na Nova Zelândia - Hagen Hopkins / Getty Images
Um filhote de orca fotografado na Nova Zelândia - Hagen Hopkins / Getty Images

As orcas (Orcinus orca), comumente chamadas de baleias-assassinas mesmo sendo parte da família dos golfinhos, são mães que podem sacrificar suas possibilidades de reprodução no futuro para garantir o sucesso de seus filhos. Uma pesquisa científica descobriu esse interessante relacionamento entre as matriarcas orcas e seus filhotes.

A pesquisa, publicada no periódico científico Current Biology, mostra que as mães não só realizam sacrifícios pelos seus filhos na infância, como é comum entre muitas espécies, mas que sua atitude se prolonga até a vida adulta dos filhotes. Esse relacionamento entre mãe e filho pode afetar as futuras chances da matriarca de reprodução, mas isso não parece incomodar as orcas.

Esse relacionamento ficou aparente entre as 73 orcas que habitam as águas próximas ao estado norte-americano de Washington e a província canadense da Colúmbia Britânica. Esses animais têm sido monitorados desde 1976, e o relacionamento excêntrico entre eles foi percebido recentemente. As mães chegam a continuar caçando pelos filhos adultos.

Relacionamentos das orcas

Os grupos das orcas são matrilineares, ou seja, tanto os filhos quanto as filhas fazem parte da comunidade das mães durante a vida toda. Mas, como explica o autor do estudo e pesquisador do Centro para Pesquisa de Baleias, Michael Weiss, os filhotes machos são quem formam as ligações sociais mais fortes, mais prováveis de seguir suas mães a vida toda do que uma filhote fêmea fazer o mesmo.

As fêmeas são expulsas do sistema de divisão de presas pelas mães assim que chegam à maturidade sexual, algo que acontece, para as orcas, entre os 6 e 10 anos. Os pesquisadores apontam que ajudar as fêmeas seria mais custoso do que ajudar os machos a caçar e comer, já que novos filhotes das filhotes fêmeas estariam no mesmo grupo da orca-mãe, representando mais uma boca para alimentar.

Os pesquisadores explicam que essa atitude de cuidar dos filhos mesmo durante a vida adulta diminui a probabilidade de uma orca poder, novamente, dar à luz a um filhote viável.