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Notícias / Hamas

De espancamentos a 'gentileza': Os relatos da idosa libertada pelo Hamas

Yocheved Lifshitz, de 85 anos, é uma das mulheres libertadas pelo grupo Hamas

Ingredi Brunato Publicado em 24/10/2023, às 11h26 - Atualizado em 25/10/2023, às 09h09

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Fotografia de Yocheved Lifshitz - Divulgação/ Youtube/ Sky News Australia
Fotografia de Yocheved Lifshitz - Divulgação/ Youtube/ Sky News Australia

Na última segunda-feira, 23, duas idosas reféns foram liberadas pelo Hamas, grupo que está em guerra com Israel. Uma delas, Yocheved Lifshitz, de 85 anos, surpreendeu os presentes ao se despedir de captor apertando sua mão e lhe dizendo "shalom", palavra hebraica que significa "paz" e é usada como forma de despedida. 

Em entrevistas posteriores à imprensa, a senhora israelense explicou como foi ter sido capturada pelo Hamas e levada para Gaza. Por um lado, ela diz que o cativeiro foi "um inferno", porém, por outro, também relatou que os membros do grupo islâmico eram "gentis à sua própria maneira". 

Os relatos 

A comuna agrícola onde Yocheved Lifshitz morava foi invadida por soldados do Hamas, que arrombaram o portão do local e adentraram as casas dos residentes. 

Eles atingiram as pessoas. Eles não se importavam com o sequestro de idosos e crianças. Foi extremamente doloroso", explicou ela em uma coletiva de imprensa repercutida pelo New York Post. 

A senhora foi então jogada sobre a garupa de uma motocicleta, com a cabeça para um lado e as pernas do outro. No caminho, os extremistas do Hamas, responsáveis pelo sequestro, a golpearam múltiplas vezes: "Eles não quebraram meus membros, mas foi extremamente doloroso para mim", contou. 

Já no cativeiro, o tratamento dado aos reféns mudou um pouco. Lifshitz disse que foi levada a um grande salão onde havia outros 25 cativos. Os captores, por sua vez, forneciam atendimento médico, remédios e refeições aos israelenses. 

Quando chegamos lá, eles nos disseram que acreditam no Alcorão e nos dariam as mesmas condições que eles possuíam (...) Eles cuidaram bem dos feridos (...) Eles garantiram que comêssemos a comida que eles comiam: queijo branco e pepino – essa era a refeição do dia inteiro", lembrou a mulher, concluindo que os integrantes do Hamas eram "gentis à sua própria maneira". 

Libertação

Ainda de acordo com o New York Post, o grupo islâmico de vertente sunita libertou as duas idosas voluntariamente, ainda que o governo de Israel não tenha atendido às suas demandas — dentre elas, está o fim dos bombardeios aéreos contra a área de Gaza. 

Decidimos libertá-los por razões humanitárias convincentes e satisfatórias, apesar de a ocupação ter cometido mais de 8 violações dos procedimentos que foram combinados com os mediadores", explicou um porta-voz do Hamas em comunicado.