Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Dom Pedro I

Descendente de Dom Pedro I, deputado tentou unir coração e corpo de imperador

Mais lidas: Luiz Philippe de Orléans e Bragança é deputado federal em São Paulo e pentaneto de Dom Pedro I

Redação Publicado em 25/08/2022, às 11h27 - Atualizado em 28/08/2022, às 17h00

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Urna que abriga coração de Dom Pedro I e deputado Luiz Philippe de Orléans e Bragança - Reprodução/YouTube/Irmandade da Lapa / Foto por Michel Jesus/Câmara dos Deputados
Urna que abriga coração de Dom Pedro I e deputado Luiz Philippe de Orléans e Bragança - Reprodução/YouTube/Irmandade da Lapa / Foto por Michel Jesus/Câmara dos Deputados

Nesta semana, um dos fatos mais comentados no Brasil é a vinda do coração de Dom Pedro Iao país do antigo imperador, em cerimônia de celebração ao bicentenário da Independência. Por sua vez, um dos principais articuladores para a vinda do órgão nas terras brasileiras foi justamente o deputado federal e pentaneto de Dom Pedro I, Luiz Philippe de Orléans e Bragança — aliado ao PL-SP.

No entanto, o descendente da família imperial tinha planos diferentes para o órgão do antigo imperador do Brasil: ele pretendia, em cerimônia, 'unir' o coração e os restos mortais do corpo de Dom Pedro I — estes que se encontram dentro de uma cripta no Museu do Ipiranga, na cidade de São Paulo.

No entanto, a ideia do deputado não foi aceita pelo Ministério das Relações Exteriores — o Itamaraty —, e dentro dos 18 dias que o órgão permanecerá no território brasileiro, ficará exposto apenas na sede da instituição, em Brasília, como informado pelo O Globo.

Além disso, Luiz Philippe afirmou que não ouviu justificativa para o veto, mas acredita que se deu por conta da fragilidade do coração, preservado há quase 190 anos em formol.

Urna que abriga o coração de Dom Pedro I
Urna que abriga o coração de Dom Pedro I / Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Sem ressentimento

O corpo de Dom Pedro I foi separado de seu coração a pedido do próprio imperador em seu testamento, escrito ainda em seu leito de morte. O documento pedia que seu coração permanecesse em Portugal, onde havia criado um laço emocional forte nos seus últimos momentos de vida, e seu corpo fosse enviado para o Brasil, país em que ele era imperador.

No entanto, só em 1972, em cerimônia de celebração dos 150 anos da Independência do Brasil, que o pedido do antigo imperador de ter seu corpo abrigado no Brasil foi atendido.

Logo, o pentaneto de Dom Pedro I, Luiz Philippe de Orléans e Bragança, compreende o veto do Itamaraty, apesar da forte simbologia que poderia ter o evento, visto que a viagem de Brasília à São Paulo poderia representar risco.

Creio que foi algo relacionado ao translado do coração, que já teria sido transportado do Porto, em Portugal, para Brasília. Demandaria mais uma viagem a São Paulo e seria arriscado", disse. Em sequência, ainda expõe a simbologia religiosa do evento, caso possível: "O coração, a indumentária e a ossada nas fazem parte da cristandade. Isso foi completamente destruído no Brasil."
Luiz Philippe de Orléans e Bragança, pentaneto de Dom Pedro I e deputado federal pelo estado de São Paulo
Luiz Philippe de Orléans e Bragança, pentaneto de Dom Pedro I e deputado federal pelo estado de São Paulo / Crédito: Foto por Michel Jesus/Câmara dos Deputados pelo Wikimedia Commons

No entanto, o deputado ainda afirma não sentir mágoa pelo veto do Itamaraty, mas que gostaria de ver mais propagandas sobre o bicentenário da Independência.

Estou satisfeito. Só a presença do coração no Brasil já cumpre [a simbologia]. Mas não estou vendo muita propaganda do bicentenário. A infelicidade é que está ocorrendo em meio a um período eleitoral. O momento acaba tingido de partidarismo", finaliza.

O site Aventuras na História está no Helo! Não fique de fora e siga agora mesmo para acessar os principais assuntos do momento e reportagens especiais. Clique aqui para seguir.