Conhecido como Diabão, tatuador celebra a conquista de maior número de implantes na cabeça e reflete sobre transformação pessoal e fé cristã
Gabriel Marin de Oliveira Publicado em 18/06/2024, às 16h30
Diabão Faro do Prado é o nome que agora aparece na carteira de identidade do tatuador brasileiro conhecido por ter o maior número de implantes na cabeça, um recorde registrado no Guinness Book. Nascido Michel Praddo, ele conseguiu na Justiça o direito de oficializar o apelido, pelo qual é amplamente conhecido.
Eu percebi que já não era mais a mesma pessoa, tanto por dentro como por fora. Me sinto realizado", declarou Diabão ao G1.
Residente de Praia Grande, no litoral de São Paulo, Diabão adotou esse nome após enfrentar preconceito nas ruas devido às suas tatuagens e piercings, antes mesmo das inúmeras modificações corporais que o tornaram famoso.
Diabão, que tem mais de 80% do corpo tatuado, já passou por mais de 60 procedimentos de modificação corporal. Em 2023, ele realizou o sonho de entrar para o Guinness Book como o homem com o maior número de implantes na cabeça.
A ideia de mudar oficialmente de nome surgiu há cerca de dois anos, resultando em um processo judicial que foi concluído em abril de 2024, no entanto, a atualização do RG ocorreu recentemente.
"Foi uma realização muito grande, pois realmente não me vejo mais como Michel, mas totalmente como o Diabão, que, inclusive, é uma pessoa altamente cristã", explicou ele ao oficializar a mudança de nome.
Em entrevista ao G1, ele mencionou que a demora para emitir a nova carteira de identidade se deveu aos muitos compromissos. Agora, ele planeja atualizar seu passaporte com o novo nome.
O tatuador destaca que, apesar de seu visual 'sinistro', suas modificações corporais não têm a intenção de parecer uma figura maligna. Como cristão, ele acredita que a imagem do 'Diabo' popularmente retratada com chifres e garras é uma caricatura.
"As pessoas têm essa ideia porque veem minha modificação dentro do 'sinistro', que é algo que me atrai. Alguns acreditam que quero parecer com o 'Diabo' ou que tenho uma religiosidade satânica, mas é o contrário disso", afirmou.
O tatuador explicou que a mudança de nome representa o fim de uma fase. "Michel foi uma pessoa que abandonou o pai no hospital até a morte, e então aprendi que existe uma dor maior do que a saudade, que é o remorso. Já o Diabão é a pessoa que cuidou de uma vizinha, uma senhorinha que no início demonstrava medo, mas depois se tornou minha 'vozinha'", contou.
Diabão tem quase todo o corpo tatuado e diversas modificações, incluindo chifres implantados na testa. Ele é casado com a modificadora corporal Carol Praddo, conhecida como Mulher Demônia. Juntos há mais de dez anos, o casal começou a realizar modificações corporais mais extremas há cerca de quatro anos.
*Sob supervisão;
