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Notícias / Dólmen de Menga

Dólmen de Menga foi um feito extraordinário no Neolítico, diz estudo

Estudo usou tecnologia inovadora para aprofundar a compreensão dos especialistas sobre as pedras utilizadas na criação do antigo local de sepultamento

por Giovanna Gomes

ggomes@caras.com.br

Publicado em 07/12/2023, às 09h26

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Representação artística das atividades de extração de pedra - Divulgação/Scientific Reports
Representação artística das atividades de extração de pedra - Divulgação/Scientific Reports

Um estudo conduzido por uma equipe de arqueólogos, geólogos e historiadores, afiliados a diversas instituições na Espanha, revelou que o dólmen de Menga é um dos mais notáveis feitos de engenharia do Neolítico.

Publicado na Scientific Reports, o estudo empregou uma tecnologia inovadora para aprofundar a compreensão acerca das pedras utilizadas na criação do antigo local de sepultamento, investigando também o papel da madeira e da corda em sua construção.

Localizado nas proximidades de Antequera, Málaga, Espanha, o dólmen de Menga, datado de aproximadamente 5.700 anos atrás, é uma das maiores estruturas megalíticas construídas na Europa.

Erguido no topo de uma colina com grandes pedras, a maior delas pesando mais de 100 toneladas, a equipe de pesquisa concentrou-se em analisar a composição das pedras utilizadas no túmulo, investigando sua origem e os métodos de transporte.

Revelando detalhes

Recorrendo a técnicas de análise petrográfica e estratigráfica, os pesquisadores revelaram que as pedras eram predominantemente calcarenitas, uma rocha sedimentar detrital conhecida na era moderna como pedra macia devido à sua fragilidade. Esta descoberta indica um notável nível de sofisticação na engenharia, uma vez que transportar uma rocha tão delicada sem causar danos seria desafiador.

A movimentação e colocação de pedras de grande porte, argumentam os pesquisadores, exigiriam planejamento e engenharia consideráveis, especialmente para a pedra fundamental, que, como o nome sugere, foi colocada no topo da câmara para servir como telhado, pesando cerca de 150 toneladas.

De acordo com a fonte, os especialistas destacam que o posicionamento dessas enormes rochas envolveria o uso de andaimes e cordas, enquanto o transporte demandaria estradas niveladas.

Direção específica

A equipe de pesquisa sustenta que o cemitério foi construído de maneira a apontar para uma direção específica, alinhando-se com as montanhas próximas para criar padrões de luz complexos dentro da câmara. Os pesquisadores descobriram também que os engenheiros da época desenvolveram uma técnica para dispor pedras nas bordas da câmara funerária de forma interligada, canalizando a infiltração de água como meio de evitar a erosão.