Até o momento, 26 pessoas se encontram na lista de repatriação
A Embaixada do Brasil na Palestina informou ontem, terça-feira, 17, que mais dois brasileiros optaram por não deixar a Faixa de Gaza e não se juntar ao grupo que está sendo repatriado para o Brasil. Desde o início dos conflitos no Oriente Médio, outra família composta por seis pessoas também decidiu permanecer em território palestino e não atravessar a fronteira com o Egito.
A GloboNews entrevistou essa família, composta por um casal e quatro filhos com idades entre 11 e 18 anos. Segundo a fonte, apesar de terem cidadania brasileira, eles apontam que o apoio financeiro do governo brasileiro cobre apenas os custos de viagem até o país e que, se optarem por serem repatriados, terão que arcar com os demais custos por conta própria.
Não há ajuda financeira. Eu perguntei ao embaixador para tentar ajudar a cobrir o custo do período de hospedagem no Brasil, assim como o custo de retornar à Gaza, porque, você sabe, Gaza, assim como a Palestina, é nossa casa. E assim que a situação normalizar, precisamos voltar para casa", relatou Farahat.
De acordo com o embaixador, a representação diplomática está atualmente avaliando possibilidades de acolhimento em São Paulo e trabalhando nessa questão.
Mohammad Farahat afirmou que, se receberem uma resposta positiva, podem reconsiderar a decisão. Enquanto isso, a família está abrigada na casa de parentes, fazendo o máximo para se proteger dos bombardeios que continuam ocorrendo.
Até o momento, há 26 pessoas na lista de repatriação, compreendendo 17 brasileiros, sete palestinos com Carteira de Registro Nacional Migratório (RNM) e dois palestinos alojados em residências nas cidades de Khan Younes e Rafah. A maior parte desse grupo é formada por crianças e mulheres.
