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Notícias / Afeganistão

Em Cabul, mulheres protestam contra a violência do Talibã

Reunidas na capital do Afeganistão, as jovens pediam pelo fim dos assassinatos de antigos integrantes do governo

Pamela Malva Publicado em 28/12/2021, às 14h00

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Imagem meramente ilustrativa de jovens afegãs nos Estados Unidos, em dezembro de 2021 - Getty Images
Imagem meramente ilustrativa de jovens afegãs nos Estados Unidos, em dezembro de 2021 - Getty Images

Na manhã desta terça-feira, 28, cerca de 30 mulheres saíram às ruas em Cabul, no Afeganistão, para protestar. Segundo a agência de notícias AFP, elas exigiam o respeito de seus direitos e o fim dos assassinatos de integrantes do antigo governo.

A manifestação das afegãs, contudo, foi rapidamente sufocada pelo Talibã, que mantém o forte controle da região. O protesto, nesse sentido, se deu logo depois que o grupo fundamentalista religioso revelou, no último domingo, 26, que as mulheres agora só poderiam viajar acompanhadas por homens de suas famílias.

Eu quero dizer ao mundo, falar ao Talibã para parar de matar. Queremos liberdade, queremos justiça, queremos direitos humanos”, explicou Nayera Koahistani, uma das manifestantes do movimento, em entrevista à AFP.

Segundo informações da agência de notícias, via UOL, a convocação para a manifestação foi feita através das redes sociais. Nas publicações, as jovens falavam dos "misteriosos assassinatos de jovens, em particular os ex-militares do país".

Inicialmente, então, as afegãs se reuniram na região de uma grande mesquita no centro de Cabul. Em seguida, caminharam por algumas centenas de metros até serem interrompidas por integrantes do Talibã. Jornalistas que cobriam a manifestação, por sua vez, foram obrigados a deletar as imagens feitas durante o protesto.

"Pela milésima vez, queremos que este grupo interrompa a máquina criminosa. Ex-militares e ex-funcionários do governo estão diretamente ameaçados", narrou Laila Basam, outra manifestante, ainda à AFP. Em outro ponto da capital afegã, uma segunda manifestação reivindicou o respeito aos direitos das mulheres ao estudo e ao trabalho.