As cartas-bombas foram enviadas a órgãos públicos e feriu um homem na Embaixada da Ucrânia
Redação Publicado em 01/12/2022, às 18h23
Desde quarta-feira, 30, a Embaixada dos Estados Unidos em Madri vem se tornando alvo de uma onda de cartas-bomba. O prédio do governo norte-americano na capital da Espanha recebeu uma correspondência contendo explosivos, que foram desativados antes mesmo da carta ser aberta.
Em 24 horas, essa foi a sexta carta-bomba detectada na cidade, com outras sendo encontradas no gabinete do primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, o prédio do Ministério da Defesa do país, a base militar de Torrejón de Ardoz, a principal da Espanha, a Embaixada da Ucrânia em Madri e em uma fabricante de armas em Zaragoza, no oeste.
A polícia espanhola revelou que o conteúdo do pacote de todas as cartas-bomba é similar. Os investigadores afirmam que as correspondências foram enviadas de dentro da Espanha, mas o remetente ainda não foi encontrado. Na Embaixada da Ucrânia, um funcionário machucou os dedos ao abrir o pacote, mas, segundo o embaixador ucraniano, o homem passa bem, segundo o G1.
A Espanha é apoiadora do governo da Ucrânia na guerra contra a Rússia, enviando armamentos ao Exército ucraniano constantemente. A suspeita de que o remetente possa ter alguma ligação com grupos de apoio à investida da Rússia foi levantada quando foi percebido que o único endereço para onde explosivos foram enviados, que não pertencem ao governo espanhol, é uma fábrica de armas.
Depois de atacar Kiev, em setembro, Vladimir Putin ameaçou a União Europeia caso os países do bloco não parassem de enviar armamento para a Ucrânia. Nesta quinta-feira, 1, o Ministério do Interior do país ordenou que o esquadrão antibombas e os policiais reforcem a segurança em todas as sedes diplomáticas de Madri e em todos os prédios públicos.
