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Notícias / Maceió

Entenda a estrutura da mina da Braskem, prestes a colapsar em Maceió

Em Maceió, capital do Alagoas, o solo da região da mina 18 da Braskem está prestes a colapsar; entenda como era realizada a exploração no local

Redação Publicado em 01/12/2023, às 16h36

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Imagem de um dos bairros afetados pela extração de sal-gema - Reprodução/Universidade Federal de Alagoas
Imagem de um dos bairros afetados pela extração de sal-gema - Reprodução/Universidade Federal de Alagoas

A qualquer momento, a mina de sal-gema da Braskem, localizada no bairro do Mutange, em Maceió, pode colapsar, em razão de um vazamento em sua estrutura. Mas qual foi o método de exploração utilizado pela empresa que pode afundar o solo de cinco bairros da capital alagoana?

Entre 1979 e 2019, a Braskem adotou um método de exploração da mina que envolve a criação de um poço para inserir água na camada de sal, originando assim uma salmoura. Depois, essa solução é retirada do local e substituída por um líquido para assegurar a estabilidade do solo. 

Porém, durante os mais de 40 anos de exploração na região, parte desse líquido inserido nas minas acabou vazando, explicando a instabilidade e cavidades no solo da mina 18, a beira de um colapso. Em toda a região urbana de Maceió, encontram-se 35 minas, que estão sendo preenchidas pela segunda vez. 

Conforme repercutido pelo UOL, esse procedimento culminou no afundamento do solo de cinco bairros e, consequentemente, na evacuação de cerca de 60 mil pessoas nos últimos cinco anos. Na última quinta-feira, 31, uma ordem judicial determinou a ampliação da área de risco, incluindo 1.700 lotes que agora serão interditados. Cada um desses lotes serve de moradia para, no mínimo, uma família. 

Mapa atualizado da região atualmente monitorada pela Defesa Civil - Créditos: Divulgação/Prefeitura de Maceió

Esclarecimentos

Em um comunicado, a Braskem garantiu que está acompanhando “de forma ininterrupta os dados de monitoramento, compartilhados em tempo real com a Defesa Civil Municipal”.

Ao UOL, o coordenador da Defesa Civil Estadual e tenente-coronel, Moisés Melo, afirmou que, somente nas últimas 48 horas, a mina 18 afundou 1 metro e 6 centímetros no solo.

Ainda não aconteceu como foi previsto, mas podemos confirmar por enquanto a mina continua se movimentando de forma rápida e é só questão de tempo”, concluiu o tenente-coronel. 

Nesta sexta-feira, 1, às 6h32, a Defesa Civil Municipal divulgou que o raio da mina atingiu 32 metros no subterrâneo durante as primeiras horas da manhã. A estrutura possui um volume de 500 mil m³ e uma profundidade de quase 50 metros.

Na última noite, as autoridades locais emitiram um alerta em razão do aumento da velocidade do colapso do solo, que bateu a marca de 53 cm por dia, tornando a situação ainda mais crítica.

Em sua entrevista ao UOL, o coronel Melo ressaltou que, embora o provável abalo sísmico seja caracterizado como leve, ele será notado em vários bairros da cidade. Porém, ele garantiu que as consequências serão restritas a área já isolada, que abrange os bairros do Bebedouro, Bom Parto e Mutange.