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Notícias / Arqueologia

As misteriosas múmias sul-americanas com marcas de assassinatos cruéis

Um escaneamento 3D, pesquisadores descobriram a causa da morte das múmias milenares, surpreendendo pela brutalidade

Wallacy Ferrari

por Wallacy Ferrari

wferrari@caras.com.br

Publicado em 10/09/2022, às 08h19 - Atualizado em 16/10/2022, às 10h00

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Múmias em fotografia - A-M Begerock, R Loynes, OK Peschel, J Verano, R Bianucci, I Martinez Armijo, M González, AG Nerlich
Múmias em fotografia - A-M Begerock, R Loynes, OK Peschel, J Verano, R Bianucci, I Martinez Armijo, M González, AG Nerlich

Um grupo de pesquisadores ligados ao Departamento de Patologia da Clínica Bogenhausen de Munique contribuíram com a conclusão sobre a causa da morte de uma série de múmias descobertas por equipes arqueológicas em expedições sul-americanas, usando modernos equipamentos de tomografia computadorizada para determinar seus momentos finais.

Através da análise, foi possível concluir que três múmias pré-colombiadas foram assassinadas, reconhecendo diversas evidências de agressões, com e sem objetos cortantes; Arica é a mais maltratada, com golpes de faca nas costas e sinais de pauladas "com força total" na cabeça, como classifica os pesquisadores em comunicado no Eurekalert.

Arequipa também teve um "trauma maciço" relacionado a um choque, mas este na coluna cervical, que é atribuído como a causa da morte: "O deslocamento significativo dos dois corpos vertebrais cervicais é letal e pode ter levado à morte imediata”.

Registro das tomografias 3D / Crédito: A-M Begerock, R Loynes, OK Peschel, J Verano, R Bianucci, I Martinez Armijo, M González, AG Nerlich

Por fim, a terceira e única múmia feminina não faleceu pelos machucados, mas acumulava lesões espalhada pelo esqueleto. No entanto, a equipe acrescenta que podem ter ocorrido após sua morte, como no enterro, conforme registrou a revista Galileu.

Pesquisadores explicam

O estudo, publicado na última sexta-feira, 9, na revista científica Frontiers in Medicine, teve acesso a múmias conservadas em museu desde o século 19, além de serem datadas de aproximadamente mil anos a.C., jogando luz a novas descobertas com os equipamentos tecnológicos.

“Conseguimos mostrar trauma letal em duas das três múmias sul-americanas que investigamos com tomografia computadorizada 3D. Os tipos de trauma que encontramos não seriam detectáveis ​​se esses restos humanos fossem meros esqueletos”, apontou Andreas Nerlich, professor do Departamento de Patologia da Clínica Bogenhausen de Munique, na Alemanha.

+Confira o estudo completo em inglês clicando aqui