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Notícias / Arqueologia

Estudo de múmias da Era do Gelo aponta quais lobos originaram os cães

Através do sequenciamento de genomas de lobos antigos, questão foi reduzida a 'apenas 2 hipóteses'

Redação Publicado em 30/06/2022, às 10h55

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Múmia de filhote de lobo de 18 mil anos usado nos estudos - Divulgação/ Revista Natue e EurekAlert!
Múmia de filhote de lobo de 18 mil anos usado nos estudos - Divulgação/ Revista Natue e EurekAlert!

Um estudo recente pode nos aproximar de forma significativa da descoberta da origem da domesticação dos cães. Escrito por uma equipe internacional de geneticistas e arqueólogos, o mais novo artigo da revista Nature, publicado na quarta-feira, 29, mostra a ascendência dos cães para duas populações de lobos antigas. 

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Filhote de lobo de 18 mil anos usado nos estudos/ Divulgação/ Revista Natue e EurekAlert!

Segundo uma apuração feita pelo portal Galileu, o grupo de cientistas buscava mapear por onde e como foram vistos os primeiros cães. Por isso, foram comparados 72 genomas de lobos antigos que deram origem a mais de 30 mil gerações de cachorros.

Esses genomas foram coletados de lobos mumificados que eram mantidos através de 38 instituições espalhadas pela Europa, Sibéria e América do Norte, todos tendo sido descobertos há mais de 100 mil anos.

Para o sequenciamento, foram necessários nove laboratórios especializados, que mostraram que os cães primitivos e modernos se assemelham mais aos lobos antigos da Ásia que aos da Europa. Esse fato dá a entender que a domesticação desses animais ocorreu em algum lugar ao leste do globo.

Divergências preocupantes

“Ao tentar localizar a origem dos cachorros, nós descobrimos que os cães derivam de pelo menos duas populações ancestrais de lobos separadas – uma fonte oriental, que contribuiu para [a genética de] todos os cães, e uma fonte separada, mais ocidental, que contribuiu para alguns cães”, relata no estudo, Anders Bergström, coautor do artigo.

Existem duas explicações mais aceitas pelos estudiosos. A primeira é que a ancestralidade dupla indica que os lobos foram domesticados mais de uma vez, com diferentes populações. A segunda envolve a domesticação de uma única espécie que, depois do processo, cruzou-se com lobos selvagens.

Atualmente, eles estão tentando comprovar qual das duas faz mais sentido, para então criar um grande estudo em torno da hipótese vencedora.

Além da dupla ascendência, outra descoberta intrigante foi no rastreamento do papel da seleção natural, catalogando as mudanças genéticas ao longo dos séculos. Os pesquisadores conseguiram determinar que, em um período de 10.000 anos, a variação genética passou de muito rara a estar presente em todos os lobos, assim como em nossos cães modernos. Essa variante afeta o gene IFT88, responsável pelo desenvolvimento do crânio e da mandíbula dos animais.

+ Você pode conferir o artigo completo neste link.