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Notícias / Arqueologia

Esqueleto de guerreira é encontrado entre restos mortais de cavaleiros medievais

Durante escavações na Espanha, pesquisadores encontraram o esqueleto de uma guerreira que pode ter sido da Ordem de Calatrava; entenda!

Crânio encontrado na Espanha com marcas de morte violenta - Reprodução / Carme Rissech / URV
Crânio encontrado na Espanha com marcas de morte violenta - Reprodução / Carme Rissech / URV

Em uma reviravolta histórica, um estudo publicado na revista Scientific Reports revela a presença de uma mulher guerreira entre os restos mortais de cavaleiros medievais em Zorita de los Canes, na Espanha.

A descoberta, feita durante a análise de 25 indivíduos sepultados no cemitério do antigo castelo, revela características sobre a vida e o papel das mulheres na Ordem de Calatrava, organização militar fundamental na defesa do reino de Castela contra invasores mouros entre os séculos 12 e 15.

Escondida entre os guerreiros, a guerreira, possivelmente morta em batalha, apresenta características distintas que a diferenciam dos demais. Análises isotópicas dos ossos indicam que ela consumia uma dieta rica em aves e peixes, alimentos típicos da elite social da época, reforçando a teoria de que pertencia à classe alta da Ordem.

A maioria dos indivíduos exibe um número significativo de feridas penetrantes de faca e lesões por força contundente, sugerindo episódios violentos”, diz o estudo. “Observamos muitas lesões na parte superior do crânio, nas bochechas e na parte interna da pélvis, o que é consistente com a hipótese de que estamos lidando com guerreiros", acrescenta a autora do estudo, Carme Rissech, em comunicado.

Presença de bebê

Uma das hipóteses levantadas pelos pesquisadores é que a guerreira era serva e foi convocada para lutar em defesa do castelo, o que explicaria sua presença no cemitério. No entanto, a ausência de desgastes ósseos comuns em trabalhadores manuais dessa época levanta dúvidas sobre essa teoria, segundo a Galileu.

“Observamos um nível mais baixo de consumo de proteínas no caso dessa mulher, o que pode indicar um status inferior no grupo social”, explica Rissech.

Outro ponto intrigante é a presença de um bebê no cemitério. Através da análise de isótopos, os pesquisadores descobriram que a criança tinha uma dieta similar à da guerreira, sugerindo uma possível conexão com a Ordem de Calatrava. As razões pelas quais o bebê foi enterrado ali ainda são um mistério.