Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Arqueologia

Esqueleto secular com osso crescendo fora de lugar é encontrado em Portugal

O osso debilitante, saindo do fêmur, teria causado muita dor à mulher que teve seu esqueleto encontrado

Redação Publicado em 12/04/2023, às 15h30

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
O osso que cresceu fora de lugar, saindo do fêmur do esqueleto feminino encontrado em Portugal - Divulgação/Sandra Assis
O osso que cresceu fora de lugar, saindo do fêmur do esqueleto feminino encontrado em Portugal - Divulgação/Sandra Assis

Um osso que cresceu fora de lugar, saindo como uma protuberância do fêmur de uma mulher, foi encontrado em um esqueleto em Portugal. Os antropólogos que realizaram o achado estimam a data do registro fóssil entre os séculos 14 e 19 d.C.

Essa estranha formação óssea de 8 centímetros surgiu no local onde um músculo une dois dos ossos da coxa, o que provavelmente causava uma dor debilitante e dificuldade de mobilidade para a mulher. Para o site de divulgação científica LiveScience, a autora do texto Sandra Assis, uma antropóloga biológica, explicou que nunca encontrou uma formação óssea tão grande assim.

Esse osso que nasceu no lugar errado provavelmente se formou ali na região do fêmur por causa de um machucado severo no músculo presente na mesma área. Esse tipo de crescimento ósseo depois de um trauma extremo é chamado por especialistas de "mitose óssea traumática", que pode ser resultado tanto de uma forte injúria ou de diversos pequenos ferimentos.

Osso bizarro

O esqueleto dessa mulher foi encontrado em 2002, na necrópole antiga da igreja de São Julião, no vilarejo de Constância, em Portugal. Os restos mortais dela estavam juntos de outros 106 adultos e 45 crianças, todos esses que viveram entre os séculos 14 e 19.

O estudo examinando a bizarra formação óssea desse esqueleto foi publicado no dia 9 de janeiro de 2023 no International Journal of Paleopathology. Os restos mortais da mulher estavam bem preservados, apesar da falta do seu fêmur esquerdo, e deles se assume que ela tinha 1,54 metro e mais de 50 anos.

Os pesquisadores não encontraram fraturas nos ossos da coxa da mulher, então eles não têm certeza do que fez o "caroço ósseo" aparecer, mas estimam que aquela formação tinha entre seis semanas e um ano quando ela faleceu. Um fator incapacitante como esse a impediria de realizar movimentos rápidos e dinâmicos ou de carregar peso.