Sherri Papini passou três semanas desaparecida em 2016 — foi apenas no início de 2022, todavia, que sua farsa foi revelada
Redação Publicado em 19/09/2022, às 16h45
Em março de 2022, o FBI publicou um relatório de 55 páginas expondo a norte-americana Sherri Papini, de 39 anos, que em 2016 forjou seu próprio sequestro, mentindo para as autoridades e desperdiçando dinheiro público.
Naquele ano, a mulher passou três semanas desaparecida, assustando seu marido e seus dois filhos. Ela foi encontrada na lateral de uma rodovia, repleta de ferimentos e com os pulsos acorrentados.
Segundo relatado por Sherri na época, ela havia sido abduzida por duas mulheres hispânicas, o que deu início a uma caçada policial nacional à procura das criminosas que a norte-americana inventou.
Já de acordo com as informações descobertas pelo FBI, a mulher havia simplesmente ficado na casa de um ex-namorado durante seu suposto sequestro. Os machucados, por sua vez, foram infligidos com a ajuda dele, segundo repercutido pela BBC.
O desdobramento chocante fez com que Papini fosse a julgamento por fraude e enganação de agentes federais, crimes que podiam lhe render até 25 anos de prisão. Ela fez, porém, um acordo de redução de sentença em troca de se declarar culpada.
Seus advogados pediram que a pena da norte-americana fosse de apenas 8 meses, com apenas o primeiro desses sendo passado em uma instituição penitenciária, e o restante sendo cumprido na forma de prisão domiciliar.
Nesta segunda-feira, 19, todavia, o juiz decidiu dar uma sentença de 18 meses a Sherri Papini. Após o período na cadeia, ela ainda passará outros 36 meses em um regime de liberdade supervisionada, de acordo com informações da CNN.
