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Notícias / Poluição do ar

Estudo de Harvard indica que poluição do ar está associada a risco alto de demência

O grupo de pesquisadores analisou mais de mil trabalhos científicos para chegar à conclusão

Isabelly de Lima, sob supervisão de Giovanna Gomes Publicado em 28/04/2023, às 15h53

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Imagem ilustrativa de chaminés industriais poluindo o ar - Foto de jwvein, via Pixabay
Imagem ilustrativa de chaminés industriais poluindo o ar - Foto de jwvein, via Pixabay

Uma descoberta feita por pesquisadores de Harvard indicou que partículas finas de poluição dispersas no ar aumentam as chances de desenvolvimento de algum tipo de demência ao longo da vida. O grupo leu mais de mil trabalhos científicos sobre o tema para chegar a essa conclusão.

De acordo com os cientistas, mais de 57 milhões de pessoas no mundo convivem com doenças que afetam a capacidade cognitiva, como o Parkinson ou Alzheimer. A neurodegeneração se soma a muitas outras consequências da degradação ambiental.

Os especialistas realizaram um levantamento nas principais bases de dados científicos disponíveis, para descobrirem como a poluição do ar pode afetar o desenvolvimento cerebral.

Em 1092 trabalhos originais analisados, eles filtraram os materiais dos dados, como o uso de parâmetros de qualidade do ar oficiais nos Estados Unidos e levantamento dos relatos de demência entre os voluntários.

O poluente mais perigoso encontrado são partículas muito finas, com menos de 0,0025 milímetros de diâmetro, chamadas PM2.5. Nos Estados Unidos, a legislação estabelece como concentração mínima o valor de 12 microgramas por metro cúbico, contudo, os estudos acharam concentrações menores, de 2 microgramas.

Relação com doenças

Segundo a Folha de S. Paulo, essas partículas foram suficientes para aumentar os casos de demência. Já no Brasil, 25 microgramas como nível mínimo diário é estabelecido por lei. Outros poluentes analisados pelos cientistas foram os óxidos de nitrogênio e o ozônio, mas o último não mostrou correlação clara com a perda de cognição.

No início do mês, os resultados foram publicados na revista científica The BMJ. Uma das principais suspeitas dos especialistas é que os poluentes causam problemas cardiovasculares, o que pode levar a quadros demenciais.