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Notícias / Ciência

Estudo sugere ciclo de 36 milhões de anos que impulsiona diversidade de espécies

Nova pesquisa indica que movimentos tectônicos podem ter influência na biodiversidade ao longo da História

Éric Moreira, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 12/07/2023, às 10h24 - Atualizado às 10h31

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Imagem ilustrativa com ecossistema marinho - Imagem por vecstock pelo Freepik
Imagem ilustrativa com ecossistema marinho - Imagem por vecstock pelo Freepik

A história da humanidade de fato é extremamente ampla e vasta, de maneira que parece quase impossível de se compreender tudo que aconteceu em todo o globo, o que só é facilitado com ocasionais achados e pesquisas que, a cada dia, são desenvolvidas.

Porém, o que se refere à história da vida na Terra e da própria formação geológica do planeta se prova também bastante relevante e misterioso até hoje; mas cientistas seguem tentando compreender.

E foi pensando dessa forma que, na última segunda-feira, 10, pesquisadores da Universidade de Sydney, na Austrália, publicaram um novo estudo na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, onde fizeram uma sugestão que pode mudar toda a compreensão da evolução das espécies. Eles atestam que, a cada 36 milhões de anos, novos ambientes são formados na Terra, possibilitando o surgimento de novas espécies.

Conforme descrito pela Revista Galileu, para que chegassem às conclusões, os cientistas compararam dados relacionados a variações do nível do mar, movimentos tectônicos (que puderam ser observados com a utilização do software GPlates) e antigos registros fósseis marinhos.

O ciclo de 36 milhões de anos marca alterações entre a expansão mais rápida e lenta do fundo do mar, levando a mudanças cíclicas de profundidade no oceano", explica o co-autor do estudo, Dietmar Müller, em comunicado. "As consequências disso são as possíveis inundações ou secagens dos continentes."

Com a descoberta, tem-se mais uma evidência de que os ciclos tectônicos e a mudança do nível do mar em todo o globo desempenharam, de fato, um papel importantíssimo na formação da biodiversidade marinha. O recorte de 36 milhões de anos, no caso, foi determinado graças aos padrões regulares de reciclagem das placas tectônicas no manto convectivo.

Formação Winton

A pesquisa, por sua vez, não foi pautada somente em análises de softwares: com base nos argumentos apresentados, os pesquisadores puderam também apontar a influência das alterações do nível do mar nos ecossistemas e biodiversidade na chamada Formação Winton, em Queensland, na Austrália.

O interesse pela formação se deve a sua extensa coleção de fósseis de dinossauros e de opalas preciosas. Esse acervo teria se formado, pois, com o aumento e a diminuição do nível do mar na região, recessos ecológicos surgiam em meio às inundações, o que proporcionava o surgimento de habitats únicos.

Esta pesquisa desafia ideias anteriores sobre por que as espécies mudaram por longos períodos", conclui Müller no estudo.