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Notícias / Peru

Ex-ministro peruano é condenado a 12 anos de prisão por morte de jornalista

Crime ocorreu em 1988, mas somente agora as autoridades do Peru encontraram um desfecho para o caso

por Giovanna Gomes

ggomes@caras.com.br

Publicado em 14/04/2023, às 08h31

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O ex-ministro do interior Daniel Urresti - Getty Images
O ex-ministro do interior Daniel Urresti - Getty Images

O político peruano Daniel Urresti, que já foi ministro do interior e candidato a presidente, foi condenado a 12 anos de prisão como um dos autores do assassinato do jornalista Hugo Bustíos, da revista semanal Caretas, quase 35 anos após o crime.

Urresti foi sentenciado por sua participação na emboscada militar que resultou no baleamento do jornalista em Huanta, Ayacucho, nos Andes peruanos, no dia 24 de novembro de 1988.

De acordo com o portal MediaTalks, na época do crime, Urresti era oficial da inteligência militar do exército e o ataque foi inicialmente atribuído aos rebeldes do grupo Sendero Luminoso, que estavam em constante conflito com as forças de segurança. Mais tarde, porém, ficou comprovado que o jornalista foi morto em uma operação com agentes à paisana e que Urresti fazia parte da operação.

Direitos humanos

Bustios cobria os conflitos denunciando abusos de direitos humanos praticados pelos dois lados e estava acompanhado de outro jornalista, Eduardo Rojas, que escapou com vida.

A sentença foi saudada pela Federação Internacional de Jornalistas como uma oportunidade na luta contra a impunidade nos crimes contra a vida dos jornalistas, mas a entidade também lamentou o tempo decorrido entre o crime e a punição.

Todos os processos judiciais abertos sobre casos contra a vida de profissionais da imprensa devem resolvidos rapidamente e não demorar 35 anos para chegar a condenações”, destacou a IFJ, em nota.

Já a Associação Nacional de Jornalistas do Peru comemorou a notícia: "É um importante passo em direção à justiça para Hugo Bustíos e sua família, bem como para todos os jornalistas que foram vítimas da violência e da impunidade no exercício do seu trabalho”, destacou.