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Notícias / Crimes

Família sofre racismo em metrô de Belo Horizonte: 'Crioulos fedorentos'

Em vídeo, Adriana Maria Lima de Brito ainda se orgulha: “Eu sou racista, eu sou racista”

Fabio Previdelli Publicado em 06/06/2022, às 16h49

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Imagem ilustrativa - Pixabay
Imagem ilustrativa - Pixabay

Na tarde do último domingo, 5, uma mulher foi detida por injúria racial após proferir xingamentos racistas contra uma família em uma estação de metrô de Belo Horizonte, em Minas Gerais. 

Leni Rodrigues (de 52 anos), Alexandre Elias Rodrigues (55) e Isabelle Cristine Rodrigues (25) foram ofendidos quando embarcaram na Estação Central — os ataques seguiram até a Estação José Cândido da Silveira, na região Leste da capital mineira. 

Negros fedidos, crioulos fedorentos, raça impura. Vocês não poderiam estar no mesmo ambiente que nós. Vocês deveriam ter descido do metrô, pretos fedorentos", teria sido alguns dos xingamentos ouvidos pela família segundo aponta Boletim de Ocorrência registrado pela Polícia Militar. 

A suspeita trata-se Adriana Maria Lima de Brito, de 54 anos, que foi autuada pelo crime de injúria racial e foi encaminhada ao sistema prisional, onde segue à disposição da Justiça, informou o G1. 

Quando as ofensas começaram, diversas testemunhas começaram a filmar as falas de Adriana, que chegou a gritar: “Eu sou racista, eu sou racista”. Em outro momento, a acusada alegou que "o sangue que corre na minha veia não é o mesmo que corre na sua".

Preparações para um casamento

Em entrevista ao G1, Leni conta que ela e o marido estavam voltando da Feira Hippie, onde fizeram compras para o preparativo do casamento de Isabelle, quando se depararam com Adriana

Ela falou que não sabia o que 'esses crioulos' estavam fazendo dentro do vagão. Disse que crioulo tem que morrer. Era um dia feliz. Estava todo mundo feliz, todo mundo rindo. Aí a gente se depara com uma pessoa dessa? É muito triste!", relatou a jovem noiva. 

A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (SEJUSP) não informou se Adriana Maria deu entrada no sistema prisional. Já a CBTU, que administra a linha do metrô, informou que um agente de segurança acompanhou a acusada e a família até a chegada da Polícia Militar.

A CBTU ainda se comprometeu a ajudar com as investigações. "A Companhia declara que repudia qualquer ato de injúria racial e lamenta o ocorrido".