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Notícias / Acervo

Fazenda histórica preserva acervo de Armando Vianna, o homem que fez o retrato de Vargas

Museu localizado em São José do Barreto reúne rico acervo do artista

Redação Publicado em 21/11/2022, às 16h54

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Fazenda São Francisco - Divulgação
Fazenda São Francisco - Divulgação

Pintor, desenhista, aquarelista, Armando Vianna foi uma personalidade que marcou a arte brasileira do século 20. Morto em 1992, aos 95 anos, teve uma vida de plena contribuição ao patrimônio cultural e que segue preservada na Fazenda São Francisco, em São José do Barreiro, em um memorial criado com carinho por um de seus admiradores.

É o recorte das raízes do afroturismo no Brasil, que tem uma forte presença na cidade histórica, mantido por quem seria o maior admirador do artista, o proprietário da São Francisco, Walton Ferreira Leite Júnior.

O visitante tem a guiada cuidadosa e detalhada por ele, que inclusive foi um dos autores do álbum “Armando Vianna – 70 anos de Pintura”, lançado em 1983. O museu inaugurado em 2012 foi, inclusive, reconhecido pelo Ministério da Cultura no Prêmio Brasil Criativo, que destaca negócios criativos.

Entre telas, pinturas em papel e rascunhos, gabaritos do que se tornou o colossal vitral do Salão Nobre do antigo Ministério da Guerra (Palácio da Guerra), o MuseuArmando Vianna em São José do Barreiro é um acervo que leva o visitante a uma viagem no tempo e à uma aproximação quase íntima do autor do retrato oficial do presidente Getúlio Vargas. Ali também são encontrados itens pessoais, comendas e fotografias.

Arquivo de obras de Armando Vianna - Crédito: Divulgação

Fazenda histórica

A fazenda, erguida quase nove décadas antes do nascimento de Armando Vianna, retrata um Brasil colonial que vivia o início do ciclo do café. Se naquela época prosperava pela força do trabalho escravo, hoje, passadas décadas da administração pela atual família, é um ponto a ser considerado no mapa para visitar um Brasil que respeita a história de seu povo.

Esta é uma das vertentes do turismo em São José do Barreiro, reconhecida pela ONU como um instrumento de promoção da cultura negra a partir da valorização da narrativa essencial para quebrar o racismo estrutural. Nossos guias abordam nesta e em outras visitas à fazendas históricas o cenário de um Brasil que precisa ser conhecido para conscientizar a população sobre a igualdade. E este papel pedagógico aliado ao turismo é também um mercado que atrai, principalmente, a população mais jovem, entre 20 e 36 anos”, pontua Ana Paula Almeida, secretária de Turismo de São José do Barreiro.
Fazenda São Francisco, em São José do Barreiro - Crédito: Divulgação