Disputando a categoria de Melhor Atriz por seu papel em ‘Central do Brasil’, Montenegro foi superada por Gwyneth Paltrow, mas conquistou torcedores ilustres
Em 1999, o longa brasileiro 'Central do Brasil', dirigido por Walter Salles, concorreu ao Oscar de 1999 em duas categorias: Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Atriz (prêmio pelo qual a atriz Fernanda Montenegro foi indicada). Entretanto, não ganhou em nenhuma.
Na primeira, perdeu para o italiano 'A Vida é Bela'; que ainda rendeu para Roberto Benigni o prêmio de Melhor Ator. Já Montenegro foi superada por Gwyneth Paltrow pela sua atuação em 'Shakespeare Apaixonado'; filme que venceu outras seis categorias.
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Apesar de não sair vitoriosa, Fernanda foi muito prestigiada por grandes nomes de Hollywood. Em 2020, em entrevista ao Programa do Bial, a atriz revelou que Glenn Close torcia por sua vitória.
Em entrevista exclusiva ao Splash, do UOL, no último domingo, 31, a atriz voltou a ser questionada sobre o assunto, relevando que outro ator renomado também queria que ela ganhasse o prêmio: Ian McKellen, que disputava o prêmio de Melhor Ator por seu papel em 'Deuses e Monstros'.
O grande e celebrado ator inglês Ian McKellen, concorrendo ao Oscar nessa mesma premiação, chegou até mim e, sério, falou — 'espero, sinceramente, que você ganhe o Oscar'. Respondi — 'eu espero, também, que você ganhe'. Nós dois perdemos. Se esse referencial artístico, inglês, não levou, imagine!", disse Fernanda.
'Central do Brasil' conta a história de Josué (Vinícius de Oliveira), um garoto de nove anos que perdeu sua mãe e é acolhido por Dora, uma mulher solitária interpretada por Fernanda Montenegro, que trata de ajudar pessoas analfabetas transcrevendo cartas na Central do Brasil — uma estação de trens metropolitanos que realmente existe, no Rio de Janeiro.
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A partir do encontro, os dois personagens embarcam em uma jornada pelo interior do Brasil em busca do pai de Josué. Embora não tenha vencido nenhuma das disputas no Oscar de 1999, 'Central do Brasil' foi o vencedor do Globo de Ouro e do BAFTA como Melhor Filme Estrangeiro.
No maior prêmio da história do cinema, porém, acabou desbancado pelo italiano 'A Vida é Bela' — que se passa durante a Segunda Guerra Mundial e acompanha a trajetória de um simples ítalo-judeu que acaba capturado e enviado com seu filho e a esposa para um campo de concentração nazista.
