Gabriel Costa, único filho da cantora, entrou na Justiça com um novo pedido para que o corpo da mãe seja liberado para uma nova necropsia
Isabelly de Lima Publicado em 14/03/2024, às 07h59
O filho da cantoraGal Costa, Gabriel Costa, de 18 anos, recorreu à Justiça para solicitar a exumação do corpo da mãe e a realização de uma nova necropsia para determinar a causa do falecimento. A petição, elaborada pelas advogadas Luci Vieira Nunes e Mariana Athaíde, foi protocolada na última quarta-feira, 13.
A certidão de óbito de Gal, falecida em novembro de 2022, indica como causa da morte um infarto agudo do miocárdio, agravado por um quadro preexistente de câncer de cabeça e pescoço. No entanto, Gabriel busca uma investigação mais profunda para esclarecer definitivamente o que ocasionou o óbito.
Adicionalmente, o jovem solicita a transferência dos restos mortais da cantora de São Paulo para o cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro. O desejo de Gabriel é que Gal seja sepultada ao lado de sua mãe, Mariah Costa Penna, em um jazigo perpétuo adquirido pela própria cantora com o intuito de que ambas fossem enterradas juntas.
A forte ligação entre mãe e filha torna ainda mais sensível o fato de Gal ter sido enterrada em São Paulo, gerando descontentamento entre seus amigos mais próximos. A decisão de sepultá-la no Cemitério da Ordem Terceira do Carmo, na capital paulista, foi tomada por Wilma Petrillo, que se identifica como viúva da cantora.
Na época do falecimento, Gabriel, menor de idade, não teve a oportunidade de interferir na decisão. Agora, ele questiona na Justiça as declarações de Petrillo sobre sua relação com Gal e a parcela do patrimônio da cantora reivindicada por ela.
Gal era filha única e foi criada unicamente por sua mãe. O pai formou outra família e nunca se aproximou da cantora, intensificando o vínculo entre as duas, como revelado por Gal em entrevista à coluna em 2017. Essa relação especial motiva o pedido de transferência do corpo da cantora.
A polêmica sobre o local do enterro surgiu logo após o falecimento de Gal, em novembro de 2022. Um dos primeiros a se manifestar foi o cantor e compositor Paulinho Lima, ex-empresário da artista.
"Gal Costa comprou um jazigo perpétuo no cemitério São João Batista no Rio de Janeiro, quando faleceu sua mãe. Neste cemitério, estão sepultados Carmen Miranda, Ary Barroso, Dorival Caymmi, Vinicius de Moraes, Cazuza, Glauber e Anecy Rocha, os membros da Academia Brasileira e a maioria dos grandes artistas e personalidades do nosso país. Gal, intuitiva como era até isso deve ter previsto", disse ele para a Folha de S. Paulo.
Não é justo que seja sepultada num jazigo que não é seu e que seja dificultada a chegada de seus fãs e amigos para homenagens e despedidas finais. Por que isso tudo está acontecendo? Quem deseja apagar e esconder essa pessoa amada por tantos? O que há por trás de tudo isso?", continuou.
A advogada de Gabriel argumenta que Gal manifestou o desejo de ser enterrada ao lado da mãe, e que essa vontade deve ser respeitada. Luci Vieira Nunes afirmou também para a Folha, que, mesmo após a morte, a pessoa humana possui o direito à proteção de sua personalidade.
