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Notícias / Astronomia

Físico sugere que universo pode ter o dobro da idade que se pensava

Há anos, estima-se que o universo exista há 13,7 bilhões de anos; porém, um físico canadense propõe uma idade de 26,7 bilhões de anos

Éric Moreira, sob supervisão de Wallacy Ferrari Publicado em 15/07/2023, às 11h05

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Imagem meramente ilustrativa - Imagem por WikiImages pelo Pixabay
Imagem meramente ilustrativa - Imagem por WikiImages pelo Pixabay

A comunidade científica nunca se cansa de buscar novas respostas e tentar encontrar soluções para questões ainda não compreendidas pela humanidade, nas mais diversas áreas. E em meio aos constantes estudos, muitas vezes uma descoberta acaba desmentindo uma afirmação anterior, de forma que várias áreas são repletas de incertezas.

Uma das áreas das ciências que mais tenta responder a perguntas ainda sem solução é a Astronomia, afinal, se a humanidade sequer possui conhecimento sobre tudo que existe em seus oceanos, como saber sobre todo o universo? E recentemente, um físico canadense sugeriu algo que muda muito da compreensão existente sobre o espaço atualmente.

Isso porque, hoje, estima-se pela comunidade científica no geral que o universo possua uma idade de aproximadamente 13,7 bilhões de anos. Porém, em um estudo publicado no último dia 7 de julho no periódico Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, o professor adjunto da Faculdade de Ciências da Universidade de Ottawa, no Canadá, Rajendra Gupta, propõe que o cosmos teria, na verdade, quase o dobro disso: 26,7 bilhões de anos.

A idade estimada de 13,7 bilhões de anos foi calculada em 2021 com uma medição do tempo decorrido desde o Big Bang com base na análise de antigas estrelas, e seu desvio para o vermelho da luz vinda de galáxias distantes. Porém, estrelas como Matusalém, que parecem quase mais velhas que o próprio universo, e a descoberta de galáxias primitivas em um estado avançado de evolução, sempre deixaram a comunidade científica intrigada.

Novas ideias

Em 1929, o astrônomo suíço Fritz Zwicky propôs a chamada teoria da luz cansada, que atesta que o vermelho da luz de galáxias distantes é proveniente da perda gradual de energia por fótons em vastas distâncias. Porém, "ao permitir que essa teoria coexista com o universo em expansão, torna-se possível reinterpretar o desvio para o vermelho como um fenômeno híbrido, em vez de puramente devido à expansão", segundo comunicado de Gupta.

Além disso, o físico canadense também introduz no artigo a ideia de "constantes de acoplamento" em evolução, a partir de hipóteses do britânico Paul Dirac, conforme descrito pela Revista Galileu. Essas constantes seriam medidas fundamentais que governam as interações entre partículas que, para Dirac, podem ter sofrido variações ao longo do tempo.

Logo, como um valor que outrora era pensado indiscutivelmente como uma constante pode ter sofrido uma variação ao longo da história do universo, o prazo para a formação das primeiras galáxias, com seus altos níveis de vermelho, podem ser estendidas por mais tempo, o que fomenta a nova teoria de que o cosmos poderia ter até mesmo o dobro da idade pensada.

Por fim, Gupta pontua no artigo que a interpretação tradicional da constante cosmológica — responsável por representar a energia escura do universo, que afeta na expansão acelerada do mesmo — precisa de revisão, e propõe uma nova constante que, no lugar, explica a evolução das constantes de acoplamento. Essa modificação, com o tempo, pode vir a auxiliar na resolução do quebra-cabeças de pequenos tamanhos de galáxias do início do cosmos.