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Notícias / Arqueologia

Fósseis do fim da era dos dinossauros são encontrados em novo sítio na Argentina

O então sítio arqueológico é localizado na Patagônia e foi descoberto em 2020, com diversos fósseis do período Cretáceo

Redação Publicado em 16/10/2023, às 15h54

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Pedreira Cañadón Tomás em março de 2023 - Kara Fikse / Carnegie Museums of Pittsburgh
Pedreira Cañadón Tomás em março de 2023 - Kara Fikse / Carnegie Museums of Pittsburgh

Matthew Lamanna, paleontólogo do Museu de História Natural Carnegie, nos Estados Unidos, revelou descobertas impressionantes durante a conferência Connects 2023 da Sociedade Geológica da América (GSA), ocorrida na segunda-feira, 16, em Pittsburgh, Pensilvânia.

Um novo sítio paleontológico, denominado Cañadón Tomás, encontra-se na região da Patagônia, no sul da Argentina, e está fornecendo novas visões sobre a vida no final do período Cretáceo, que precedeu a extinção dos dinossauros não avianos, ou seja, os dinossauros que não evoluíram para aves.

A descoberta do sítio ocorreu no início de 2020 devido ao interesse em exploração de petróleo na área. Como parte das regulamentações, as empresas de petróleo foram obrigadas a realizar uma avaliação paleontológica antes de iniciar qualquer exploração.

A pesquisa logo revelou a presença de fósseis de dinossauros, especialmente ossos de hadrossauroídeos. Os hadrossauroídeos eram comuns na Laurásia, o antigo supercontinente do Hemisfério Norte, mas eram raros em Gondwana, o supercontinente do Hemisfério Sul, segundo a Galileu.

Matt Lamanna (no topo) e Kara Fikse escavando osso na Pedreira Cañadón Tomás - Crédito: Derek Fikse

Donos diferentes

Os fósseis de hadrossauroídeos provavelmente pertenciam a diversos indivíduos de diferentes tamanhos, sugerindo a possibilidade de que o sítio seja um leito ósseo com uma mistura de idades. Até o momento, o único outro fóssil de um vertebrado de grande porte encontrado no local é um dente de um terópode não aviano, possivelmente de um abelissaurídeo.

O local pode ter capturado um grupo social, potencialmente até mesmo um rebanho de indivíduos relacionados que foram todos enterrados juntos. Essas são as coisas que investigaremos à medida que aprofundarmos mais no local", relatou Lamanna em comunicado.

O paleontólogo também destaca a discrepância no conhecimento sobre os dinossauros e outros vertebrados terrestres do Cretáceo, observando que há menos informações disponíveis no Hemisfério Sul em comparação com o Hemisfério Norte. Isso cria um desequilíbrio na compreensão da biodiversidade, evolução e paleobiogeografia.

Para Bruno Alvarez, um estudante de doutorado da UNPSJB, o sítio Cañadón Tomás é um local de grande interesse, tanto pela diversidade quanto pela quantidade substancial de materiais fósseis que continuam a ser descobertos.

Ainda há muito trabalho a ser feito em Cañadón Tomás, com muito trabalho de campo a ser concluído, e suspeitamos que haverá muitos mais fósseis a ser descobertos e estudados", ele diz.