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Notícias / Paleontologia

Fóssil de pássaro que pesava o mesmo que urso polar é encontrado em caverna da Europa

Até então, animais de tal porte existiam apenas em Madagascar, Nova Zelândia e Austrália

Joseane Pereira Publicado em 01/07/2019, às 10h21

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Reprodução
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Um fóssil de pássaro com 11,5 metros de altura, que viveu dois milhões de anos atrás, foi encontrado na caverna Taurida, na costa do Mar Negro. O animal era três vezes maior que um avestruz, pesava o mesmo que um urso polar e possivelmente conviveu com os primeiros europeus, cerca de 1,5 milhão de anos atrás.

Pesquisadores da Academia Russa de Ciências, que lideram o estudo, afirmam que o animal poderia pesar até 450 kg, sendo uma fonte de carne, ossos, penas e cascas de ovo aos humanos, em situações de necessidade proteica causada por intempéries.

Encontro inesperado

Até então, os paleontólogos desconheciam a existência de pássaros gigantes no continente Europeu. Os espécimes conhecidos habitavam apenas territórios quentes, como a Ave Elefante de Madagascar e fósseis provenientes da Nova Zelândia e Austrália.

Segundo o autor principal, Dr. Nikita Zelenkov: “Quando senti pela primeira vez o peso da ave cujo osso da coxa eu segurava na minha mão, achei que fosse um fóssil da Ave Elefante, porque nenhum pássaro deste tamanho foi reportado na Europa. Ainda não temos dados suficientes para dizer se ela está mais relacionada com avestruzes ou com outras aves, mas estimamos que pese cerca de 450 quilos”.

A ave pertencia à espécie Pachystruthio dmanisensis, e seu fêmur se compara ao de avestruzes modernos. Longo e fino, o osso sugere que o pássaro era um ótimo corredor – ao contrário da Ave Elefante, que tinha velocidade reduzida. Os pesquisadores sugerem que ela teria chegado à região do Mar Negro pelo sul do Cáucaso e da Turquia.

Os pesquisadores estão animados com a continuidade dos achados: “A rede de cavernas de Taurida só foi descoberta no verão passado, e na época restos de mamutes foram desenterrados. Esse local pode nos ensinar muito mais sobre o passado distante da Europa", afirmou o professor Zelenkov.