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Notícias / Gypsy Rose

Furtos, vícios e abusos: As revelações de Gypsy Rose em novo livro

Em livro publicado nesta terça, 9, Gypsy Rose Blanchard recorda, entre outras coisas, quando a mãe lhe amarrou com coleira e também de seu vício em opiáceos; veja!

Fabio Previdelli

por Fabio Previdelli

fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 09/01/2024, às 12h03

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Gypsy Rose ao lado de sua mãe Dee Dee e foto atual - Arquivo Pessoal/Redes Sociais
Gypsy Rose ao lado de sua mãe Dee Dee e foto atual - Arquivo Pessoal/Redes Sociais

Após sete anos presa (de uma pena de 10) por orquestrar o assassinato de sua própria mãe, Gypsy Rose Blanchard foi solta de uma prisão no Missouri em 28 de dezembro do ano passado. 

Agora, nesta terça-feira, 9, seu passado abusivo e seu tempo de prisão foram detalhados por meio de cartas, transcrições telefônicas e fotos divulgadas em seu novo e-book: 'Released: Conversations on the Eve of Freedom'.

Aos 32 anos, Gypsy Rose detalhou os abusos cometidos por sua mãe, Clauddine 'Dee Dee' Blanchard — assassinada em 2015 — e por seu avô. Pelo crime, ela diz que sente remorso

+ Mentiras e assassinato: Relembre a saga brutal de Dee Dee e Gypsy Rose

Na obra, Blanchard também revelou uma batalha contra o vício em opiáceos enquanto estava na prisão — e ainda afirmou que cumpriu um período em confinamento solitário depois que um super fã quis libertá-la. Saiba mais sobre as revelações feitas por Gypsy Rose

Cirurgias e abusos

No livro, escrito com Melissa Moore (que entrevistou Gypsy Rose enquanto ela estava na prisão) e Michele Matrisciani, Blanchard se lembra de ter passado por procedimentos cirúrgicos desnecessários como resultado da Síndrome de Münchhausen de sua mãe. 

Quando criança, Gypsy ficou confinada em uma cadeira de rodas, embora pudesse andar, e foi tratada à força com medicamentos que "deixaram meu corpo marcado com cicatrizes físicas e emocionais". Ela ainda teve a cabeça raspada para enganar o mundo, fazendo todos pensar que ela estava doente com leucemia, distrofia muscular e outras doenças.

Ainda à Moore, Gypsy recorda que foi vítima de abusos rotineiros de sua mãe, que tentava manter-lhe presa dentro de casa. Certa vez, quando a garota tentou confiar em um homem que conheceu, sua mãe a amarrou na cama por duas semanas como punição.

Ela usou uma coleira de cachorro para fazer isso depois de me bater", revelou no livro. 

Blanchard também afirma que foi molestada por seu avô materno, Claude Pitre, em 2001, depois que Dee Dee sofreu um acidente de carro e os dois viveram com ele por três meses. Pitre negou essas acusações.

"Eu tinha uma lembrança de quando tinha 5 anos que sabia ser estranha. Meu avô preparou banho e fez minha mãe e eu tomarmos banho com ele", contou. "Minha mãe me disse… ele me levou para outros quartos e continuou a molestar. Ele nega, mas fez essas coisas comigo também". 

"Era ela quem estava tentando me tocar, e eu dizia não, não faça isso", rebateu Pitre diante das câmeras no documentário 'The Prison Confessions of Gypsy Rose Blanchard', da Lifetime. "Ela começou a fazer isso quando tinha cerca de 4 anos". 

Furtos e vícios

Gypsy Rose também alega que sua mãe a ensinou a furtar em lojas, usando sua aparente deficiência como uma vantagem. "Sentar em uma cadeira de rodas ajuda a colocar as coisas no colo com mais facilidade e enfiá-las sob o vestido de princesa", escreveu.

"Minha mãe me ensinou a trocar o código de barras: tirar o adesivo do código de barras de um item mais barato e colocar no mais caro; em seguida, passá-los no autoatendimento". 

Blanchard também admitiu que travou uma batalha contra os opioides — e que certa vez mentiu para a madrasta para conseguir 50 dólares, dizendo que precisava retribuir a um amigo depois de quebrar um CD player. "Usei o dinheiro para comprar drogas", narrou.

Há cerca de quatro ou cinco anos, eu era viciado em Suboxone, [um medicamento para tratar a dependência de opiáceos]. Eu sucumbi e superei, depois sucumbi novamente e superei novamente... um vício em opioides". 

Solitária

Em 'Released: Conversations on the Eve of Freedom', Gypsy Rose também recordou quando foi enviada para o confinamento solitário por duas semanas depois de um desconhecido fazer uma publicação em suas redes sociais — o que resultou em uma investigação. 

Blanchard apontou que um fã disse algo como: "Ela não pertence à prisão. Eu gostaria de poder libertá-la". O post foi denunciado e Gypsy levada até a solitária. "Foi traumatizante". 

Fiquei lá por duas semanas inteiras enquanto eles vasculhavam minhas coisas em busca de escritos, planos ou qualquer correspondência que indicasse que eu conhecia a pessoa que postou. O que eu não fiz".