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Notícias / Antártica

‘Golpe da cidadania’ que criou país falso na Antártica faz 700 vítimas

Os criminosos prometiam a cidadania em um país na Antártica, com diversos benefícios

Redação Publicado em 19/08/2022, às 17h55

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Imagem ilustrativa da Antártica - Foto de ArvidO, via Pixabay
Imagem ilustrativa da Antártica - Foto de ArvidO, via Pixabay

Mais de 700 residentes da Itália foram enganados por uma organização criminosa, com a promessa de que elas iriam conseguir cidadania para um país que seria baseado na Antártica. Porém, a tal “nação” não existe.

De acordo com o jornal italiano La Reppublica, durante a operação que ficou conhecida como “A ilha que não existe”, 12 pessoas foram detidas nesta sexta-feira, 19. As investigações, contudo, iniciaram em abril de 2021, depois que a polícia identificou um prédio na região de Catanzaro, na Itália, que foi indicado como a sede diplomática do suposto país.

A promessa era de que a nação teria menos burocracias, e a quadrilha prometia uma série de vantagens aos seus cidadãos, como isenção para as vacinas conta a covid-19, financiamento para projetos e liberdade de circulação na Itália e em outros países.

Para ter tudo isso, a pessoa interessada precisava desembolsar um valor que variava entre 200 a 1.000 euros (cerca de R$ 1 mil a R$ 5,2 mil na cotação atual). A polícia estima que 700 pessoas de toda a Itália teriam caído no golpe.

Marketing bem feito                                     

O grupo criminoso criou estratégias para dar credibilidade ao então país, como a criação de Tribunais de Justiça e até mesmo de um chefe de estado. Um jornal “oficial”, um site e documentos que validariam a expatriação também foram criados. No Facebook, a quadrilha tinha uma página em que postava informações e regulamentos do falso país.

A quadrilha foi acusada de conspiração para cometer crimes, falsificação de documentos, fraude e lavagem de dinheiro, segundo a ANSA, via Uol. Estão sob investigação 30 pessoas, além dos suspeitos já identificados.

Dentre eles, está um ex-general da polícia fiscal Guardia di Finanza, Mario Farnesi, 72, e um ex-subtenente da força policial paramilitar Carabinieri, Emanuele Frasca, 56. Os três estão aposentados e estão entre os suspeitos levados para prisão domiciliar.