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Notícias / Inconfidência

Hipólita Jacinta: Revolucionária mineira entrará para o Panteão da Inconfidência

Hipólita Jacinta foi a única mulher a participar da Inconfidência Mineira no século 18

Redação Publicado em 28/04/2023, às 18h17

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Ilustração de Hipólita Jacinta Teixeira de Melo - Acervo do Projeto República/UFMG
Ilustração de Hipólita Jacinta Teixeira de Melo - Acervo do Projeto República/UFMG

A partir deste sábado, 29, um dos principais movimentos de revolta contra a Coroa Portuguesa do Brasil Colônia terá a primeira mulher reconhecida oficialmente entre seus idealizadores. Entrará para o Panteão dos Inconfidentes, no Museu da Inconfidência, em Ouro Preto (MG), a fazendeira Hipólita Jacinta Teixeira de Melo.

Em meio aos historiadores, a participação da fazendeira na Inconfidência Mineira já era conhecida, porém, com a entrada no Panteão, ela se junta a outros integrantes do movimento que já são homenageados no local.

Hipólita e o inconfidente Francisco Antônio de Oliveira Lopes eram casados e ambos moravam na Fazenda da Ponta do Morro, em Prados, próximo à Estrada Real, caminho utilizado para levar o ouro de Minas para o litoral do Rio de Janeiro e, em seguida, para Portugal. A casa ficava em um lugar estratégico que facilitava a comunicação entre rebeldes da região com os de Vila Rica, hoje Ouro Preto. 

Na época, a fazenda virou ponto de encontro dos integrantes do levante. Em 1789, quando Tiradentes e outras pessoas haviam sido presos, a fazendeira manda uma mensagem a Vila Rica defendendo que integrantes do movimento que se encontravam livres iniciassem uma ação armada contra a Coroa.

História de Hipólita

Segundo a historiadora Pilar Lacerda, pesquisadora da Fundação Getulio Vargas e curadora do Festival de História, que acontece em Ouro Preto, o cavaleiro foi preso no caminho e a mensagem de Hipólita não chegou a Vila Rica, de acordo com a Folha de S. Paulo. "A Coroa Portuguesa confiscou seus bens, e isso não ocorreu com as mulheres de outros inconfidentes", diz Pilar.

Ângelo Oswaldo, o prefeito de Ouro Preto, afirma que Jacinta entrará para o Panteão como conjurada, e não como inconfidente — que é como ficaram conhecidos os integrantes do levante que foram processados pela Coroa Portuguesa.

Ao lado das dos 16 inconfidentes que têm restos mortais no Panteão, entre os quais, está o marido da fazendeira, será colocada uma lápide com o nome de Hipólita.