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Notícias / Austría

Homem que manteve filha em cativeiro por décadas prepara livro: 'Espero me reconciliar'

Conhecido como 'monstro de Amstetten', Josef Fritzl manteve a filha em cativeiro por décadas e cumpre prisão perpétua

Redação Publicado em 19/10/2023, às 17h48 - Atualizado às 17h49

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Josef Fritzl - Getty Images
Josef Fritzl - Getty Images

Em 2009, o austríaco Josef Fritzl foi sentenciado à prisão perpétua, após manter sua filha em cativeiro por mais de vinte anos, sob acusações de assassinato, estupro, escravidão e incesto. Agora, aos 88 anos, ele afirma ter escrito um livro, com o intuito de se “reconciliar com a família”.

Sua filha, Elizabeth Fritzl, desapareceu em 1984, aos 18 anos, tendo sido encontrada novamente 24 anos depois, em 26 de abril de 2008, em um porão que seu pai havia construído secretamente sob a casa da família, localizada em Amstetten, na Áustria

Os abusos sexuais sofridos por Elizabeth neste período culminaram no nascimento de sete crianças. Conforme repercutido pelo portal Diário de Pernambuco em maio deste ano, três delas moravam no cativeiro com a mãe, uma faleceu e as outras três foram criadas pelo sequestrador e sua esposa.

O livro “The Abysses of Josef F” (“Os Abismos de Josef F”, em tradução livre) foi escrito por Josef e sue advogada, Astrid Wagner, que esclareceu que Fritzl pediu sua ajuda para publicar o texto. 

“Eu concordei. Ele me enviou o manuscrito e eu o editei”, afirmou Wagner, que explicou que muitos criminosos, como seu cliente, não conseguem entender a dimensão do crime cometido e a escrita serve como uma ferramenta para “tentar lidar com a culpa” e “explicar por que se desviou a tal ponto”.

O manuscrito

Na obra, Fritzl diz não compreender o motivo que levou sua esposa, Rosemarie, a cortar todo o contato com ele. 

Eu definitivamente acredito que vou vê-los novamente um dia. Eu entendo as pessoas que querem que eu morra na cadeia. Mas eu quero experimentar a liberdade um dia", diz o detento em “The Abysses of Josef F”. 

Em seu livro, ele também detalha o cotidiano em Stein, prisão psiquiátrica de alta segurança na cidade austríaca de Krems, onde ele encara sua sentença. Nas páginas, ele relata que não se desloca pelo pátio da prisão, pois, outros detentos tentam espancá-lo e assegura que recebe centenas de cartas, que em sua maioria são de mulheres apaixonadas por ele.