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Notícias / Brasil

Idosa de 81 anos descobre 'bebê de pedra' dentro de si por mais de 5 décadas

Após sentir dores abdominais, idosa de 81 anos descobriu feto calcificado que ficou dentro de si por 56 anos; mulher morreu após remoção

Éric Moreira Publicado em 19/03/2024, às 12h44

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Imagem ilustrativa de mulher grávida e tomografia de idosa com feto calcificado - Imagem de Boris Trost pelo Pixabay / Reprodução
Imagem ilustrativa de mulher grávida e tomografia de idosa com feto calcificado - Imagem de Boris Trost pelo Pixabay / Reprodução

Na última semana, uma idosa de 81 anos residente de Aral Moreira, a 84 km de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, queixou-se de dores abdominais, e foi até uma unidade de saúde para averiguar o que poderia ser. Lá, ela começou a tratar de uma infecção urinária, mas uma piora em seu quadro a levou a ser transferida para a cidade vizinha, onde descobriu algo ainda mais inusitado: um "bebê de pedra" dentro de si.

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No dia 14 de março, ela deu entrada no Hospital Regional de Ponta Porã, onde foi solicitada uma tomografia 3D que revelou o feto calcificado. Segundo o g1, ela teria permanecido com o feto desde sua última gestação, há 56 anos, o que teria provocado a eventual calcificação. Especialistas descrevem a condição — afinal, além disso, o bebê teria se desenvolvido fora do útero — como raríssima.

Segundo Patrick Derzi, secretário de Saúde de Ponta Porã, o nome da condição ocorrida é litopedia. Esse quadro só acontece quando o feto de uma gravidez abdominal não reconhecida morre dentro do corpo da mãe, e ali dentro se calcifica.

A litopedia é um tipo raro de gravidez ectópica [tipo de gravidez quando o óvulo fertilizado se desenvolve fora do útero], e ocorre quando o feto de uma gravidez abdominal não reconhecida morre e se calcifica. O 'bebê de pedra' é resultante e pode não ser detectado por décadas, e pode causar complicações futuras", explicou ao g1.

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Remoção do feto

Logo após se depararem com a situação, a equipe de obstetrícia do Hospital Regional de Ponta Porã foi acionada e a idosa foi encaminhada para cirurgia de retirada do feto. No entanto, depois do procedimento, ela foi encaminhada a uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e faleceu no dia seguinte, 15 de março.

Segundo Dezir, a causa da morte da mulher foi um quadro grave de infecção generalizada, ocorrido a partir de, inicialmente, uma infecção urinária.