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Notícias / Dom Pedro I

Inchaço de coração de D.Pedro I chama atenção de cientistas

Pesquisadores buscam compreender o motivo para o inchaço do coração de D.Pedro I

Redação Publicado em 26/08/2022, às 09h40

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Á esquerda o coração de D.Pedro I e à direita pintura de D.Pedro I - Divulgação / YouTube / euronews e Domínio Público
Á esquerda o coração de D.Pedro I e à direita pintura de D.Pedro I - Divulgação / YouTube / euronews e Domínio Público

O coração de D.Pedro I, trazido ao Brasil nesta segunda-feira, 22, tem preocupado cientistas por apresentar agora, um aspecto inchado e arredondando, diferente de como estava quando saiu de Portugal. O órgão está atualmente em exibição restrita em Brasília. 

O coração viajou para a comemoração do bicentenário da Independência do Brasil e sua aparência atual intriga cientistas, já que se trata de um material conservado há quase 188 anos. 

Como informado pela Folha de S.Paulo, segundo o Professor do departamento de patologia da Faculdade de Medicina da USP, o médico Carlos Augusto Gonçalves Pasqualucci, o motivo do inchaço pode estar relacionado à substância que conserva o órgão.

D.Pedro I morreu mais de duas décadas antes da descoberta do formol, portanto acredita-se que tenha sido utilizada uma substância conhecida como 'espírito de vinho', feita a partir da bebida. No entanto, de acordo com o pesquisador, algumas outras substâncias podem ter relação com essa aparência adquirida pelo órgão.

"Não há nenhuma informação específica sobre em que líquido o coração está embebido", disse o professor, como repercutido pela Folha.

"O formol normalmente não faz isso. Ele faz a fixação, mas normalmente não aumenta. Nós temos uma vasta experiência aqui [na USP], com vários órgãos acondicionados em formol há mais de 70 ou 80 anos, e as peças não mudam de tamanho", completa.

Em Portugal, o órgão é mantido sob acesso restrito na igreja da Lapa. De acordo com o médico Carlos Durão, perito legista de Portugal, é importante pensar em todas as componentes de preservação do órgão.

"A exposição ao calor e a luz danificam as peças, pela mesma razão que os quadros, entre outras peças de museu, não devem ficar expostos ao sol ou calor. A imagem que temos de um laboratório farmacêutico ou de ciência é de uma sala cheia de frascos com vidros escuros, justamente para evitarmos os processos químicos induzidos pelo calor pela exposição à forte luz natural, que favorecem reações químicas", disse.