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Notícias / Irã

Irã assassinou mais de 500 cidadãos em 2022, revela ONG

Segundo a Iran Human Rights, centenas de iranianos foram executados sem julgamento justo

Redação Publicado em 05/12/2022, às 19h00

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Imagem ilustrativa de cela - Divulgação/ Pixabay
Imagem ilustrativa de cela - Divulgação/ Pixabay

A Iran Human Rights, uma organização sem fins lucrativos que atua pela defesa dos direitos humanos no país, deu uma entrevista à AFP nesta segunda-feira, 5, denunciando que o governo iraniano teria sido responsável pela morte de centenas de pessoas em 2022. 

De acordo com a entidade, que é sediada na Noruega, pelo menos 504 cidadãos iranianos teriam sido executados desde o início do ano sem receberem o direito de um "julgamento justo" e com acesso à advogados. 

Esses indivíduos foram condenados à morte sem o devido processo ou julgamento justo atrás das portas fechadas do Tribunal Revolucionário. Suas sentenças careciam de qualquer validade legal (...) Essas execuções visam criar medo na sociedade e desviar a atenção do público das falhas de inteligência da República Islâmica", afirmou Mahmood Amiry-Moghaddam, o diretor do Iran Human Rights, em um comunicado repercutido pelo veículo.  

Adicionalmente, vale mencionar que esse número de execuções seria o maior dos últimos cinco anos, ainda de acordo com a ONG. Em 2021, foram 333 pessoas que sofreram este destino nas mãos do governo iraniano, e, no ano anterior, haviam sido 267. 

Crise nacional

Muitas dessas mortes, aliás, foram conectadas aos protestos contra a polícia moral, que teria espancado Mahsa Aminino último mês de setembro após a flagrarem andando na rua sem usar o hijab, véu tradicional islâmico, obrigatório para as mulheres iranianas.

Após o episódio, a jovem de 22 anos teria entrado em coma e, após alguns dias, falecido. Seu caso provocou comoção nacional, impulsionando protestos que duraram mais de 50 dias. Esse nível de insatisfação popular sendo expressa nas ruas do Irã já não era visto há décadas, conforme repercutido pelo g1. 

As autoridades nacionais reagiram de forma violenta, buscando reprimir os manifestantes com chumbinho, balas de borracha e centenas de prisões.