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Notícias / Família Manson

Irmã de Sharon Tate critica soltura de assassina da Família Manson

Condenada à prisão perpétua, Leslie Van Houten ganhou direito à liberdade condicional na última terça-feira, 11

Fabio Previdelli

por Fabio Previdelli

fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 12/07/2023, às 12h07

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Leslie Van Houten, assassina da Família Manson - Divulgação/Departamento de Correções e Reabilitação da Califórnia
Leslie Van Houten, assassina da Família Manson - Divulgação/Departamento de Correções e Reabilitação da Califórnia

Um dia após a soltura de Leslie Van Houten, integrante da Família Mansoncondenada à prisão perpétua, Debra Tate, irmã da atriz Sharon Tate — vítima da seita liderada por Charles Manson — criticou a decisão da Justiça norte-americana.

+ O que aconteceu com a família Manson após o brutal assassinato de Sharon Tate?

Em entrevista ao TMZ, Debra relatou estar não só desapontada com o sistema judiciário da Califórnia, que autorizou a mudança da pena de Leslie para liberdade condicional, como também criticou o governador do estado, Gavin Newson.

Conforme relatado pela equipe do site do Aventuras, Newson tinha o direito de reverter a decisão, mas não o fez, mesmo não concordando com a medida. "Mais de 50 anos após o culto de Manson cometer esses assassinatos brutais, as famílias das vítimas ainda sentem o impacto", declarou.

Conforme repercutido pelo G1, Debra Tate disse ao TMZ que a liberdade concedida à Leslie Van Houten é um "tapa na cara da família das vítimas de Manson". Importante ressaltar que Leslie fora condenada à prisão perpétua, mas ela ficou presa por 53 anos.

Após a decisão, a expectativa é que a ex-integrante da Família Manson passe um ano em uma casa de recuperação, onde aprenderá habilidades básicas do cotidiano, como dirigir um carro, fazer comprar em um supermercado ou até mesmo a obter um cartão de crédito.

Por fim, Debra Tate afirmou estar "apavorada" com a liberdade de Leslie, por acreditar que ela poderá voltar a matar novamente, usando os mesmos métodos brutais pelos membros da seita.

Arrependimento e o crime

Por outro lado, a juíza Helen I. Bendix, da Justiça da Califórnia, explicou a decisão: "Van Houten tem apresentado esforços de reabilitação extraordinários, perspicácia, arrependimento, planos realistas de liberdade condicional, apoio da família e amigos, relatórios institucionais favoráveis".

Leslie Van Houten já relatou arrependimento pelos crimes cometidos enquanto fez parte da Família Manson. A mulher alegou que, na época, lidava com problemas mentais que eram agravados pelo uso de LSD. Ela dizia acreditar que Charles Manson seria Jesus Cristo. Leslie era a caçula do grupo, tendo apenas 19 anos quando passou a fazer parte da seita.

A condenação de Leslie e de outros membros da seita se deu pelo brutal assassinato do casal Leno e Rosemary LaBianca, que ocorreu em agosto de 1969. O sujeito era um comerciante de 44 anos, enquanto a mulher, de 38, era sua esposa. Os dois foram assassinatos em sua residência, localizada em Los Angeles.

Segundo registros da época, os assassinos invadiram o endereço na parte da noite. Enquanto Leslie teria esfaqueado Rosemary cerca de 15 vezes em sua barriga, como ela mesmo confessou; o próprio Charles Manson teria atacado com uma baioneta.

O sangue das vítimas também serviu para frases serem escritas nas paredes e geladeira do imóvel, como "morte aos porcos" e também ao nome que o líder dava às suas teorias apocalípticas: "helter skelter".

Um dia antes do assassinato de Leno e Rosemary LaBianca, a seita de Manson invadiu a casa do diretor Roman Polanski e assassinou sua esposa, Sharon Tate, de 26 anos que estava grávida de oito meses — o crime mais emblemático da Família Manson. Outras quatro pessoas que estavam no local também foram mortas. Leslie foi presa apenas três meses depois.