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Notícias / Leilão

Leilão de bilionária austríaca gera discussão por passado nazista

Coleção avaliada em quase um bilhão de reais causou discórdia e pedidos de cancelamento por diversas instituições; entenda!

Fabio Previdelli

por Fabio Previdelli

fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 08/05/2023, às 13h43

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Anel pertencente a Heide Horten que será leiloado - Divulgação/ Christie’s
Anel pertencente a Heide Horten que será leiloado - Divulgação/ Christie’s

Organizado pela Christie’s, o leilão de joias da falecida bilionária austríaca Heide Horten, que começará nos próximos dias, na Suíça, vem causando controversas e pedidos de cancelamento por diversas instituições. 

O motivo? O marido de Heidi, Helmut Horten, construiu seu império a partir de seu apoio ao regime nazista, durante a Segunda Guerra Mundial. O Centro Simon Wiesenthal, conhecido por rastrear criminosos nazistas foragidos, é uma das ONGs que se opôs à venda. 

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Segundo a AFP, a coleção que irá a leilão está avaliada em 150 milhões e 200 milhões de dólares — o que pode chegar a casa dos R$993,8 milhões. O valor arrecadado será destinado à caridade. 

Um dos itens mais desejados do acervo é um anel Cartier que possui um rubi “sangue de pombo” de 25,59 quilates. A peça, pertencente a bilionária falecida em 2022, é avaliada entre 15 milhões e 20 milhões de dólares (algo entre R$74,5 milhões e R$99,3 milhões).

O leilão

Na próxima quarta-feira, 10, a Christie’s de Genebra leiloará menos de 100 lotes. Outras 150 peças serão vendidas na sexta-feira, 12. Já 300 lotes ainda serão propostos online até 15 de maio. O restante das vendas continua em novembro. 

A fortuna de Heide Horten totaliza 2,9 bilhões de dólares (R$14,4 bilhões) segundo ranking anual da Forbes. Helmut Horten, seu marido, foi dono da quarta maior loja de departamento da Alemanha. 

Quando os nazistas chegaram ao poder, em 1933, Helmut adquiriu a empresa de proprietários judeus que fugiram para os Estados Unidos. Até 1939, Horten adquiriu outras lojas, ao mesmo tempo, em que mantinha boas relações como o governo alemão. 

Por conta disso, além do Centro Simon Wiesenthal, o American Jewish Committee (AJC) também pediu para que a casa de leilões suspendesse as vendas. Mas a Christie’s manteve o leilão "já que todos os lucros da venda irão para a caridade".