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Notícias / 007

Livros do agente 007 serão reeditados para remoção de termos racistas

Modificações terão foco em falas racistas contra pessoas negras, apenas; confira algumas delas!

Éric Moreira sob supervisão de Giovanna Gomes Publicado em 27/02/2023, às 09h09

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Cena de 'Com 007 Viva e Deixe Morrer' (1973) - Reprodução/Metro-Goldwyn-Mayer
Cena de 'Com 007 Viva e Deixe Morrer' (1973) - Reprodução/Metro-Goldwyn-Mayer

Um dos maiores ícones da cultura pop mundial, o agente secreto James Bond, também conhecido pela sua alcunha de '007', marcou diversas gerações por suas diferentes histórias contadas no cinema. Porém, uma informação não conhecida por todos, é que as adaptações cinematográficas são baseadas em obras literárias — que devem ser reeditadas e sofrer algumas alterações em breve!

Conforme repercutido pela Revista Galileu, em abril, mês que se comemora 70 anos do lançamento de 'Casino Royale' — a primeira história publicada sobre as aventuras de James Bond —, todos os livros do agente secreto devem ser relançados. Porém, antes disso, uma nova edição será feita e, segundo revelou o Telegraph, as obras devem passar por algumas alterações, entre as mais expressivas, a de remover trechos de cunho racista.

Uma série de atualizações foi feita nesta edição, mantendo o texto o mais fiel possível ao original e ao período em que ele se passa", informou a Ian Fleming Publications Ltd, companhia que tem direito sobre as obras de James Bond, que recebe o nome de seu autor.

Entre as partes alteradas, por exemplo, está um momento em 'Com 007 Viva e Deixe Morrer', onde, no livro, Bond diz que os africanos que trabalham com o mercado ilegal de ouro ou diamantes são "homens que obedecem a lei, exceto quando bebem demais". Com a reedição, a última parte, sobre a bebida, é removida.

Cena de 'Com 007 Viva e Deixe Morrer' (1973), onde é possível ver James Bond, estrelado por Roger Moore, e Rosie Carver, interpretada por Gloria Hendry
Cena de 'Com 007 Viva e Deixe Morrer' (1973), onde é possível ver James Bond, estrelado por Roger Moore, e Rosie Carver, interpretada por Gloria Hendry / Crédito: Reprodução/Metro-Goldwyn-Mayer

Outro exemplo é uma passagem da história que se passa em uma boate de striptease no Harlem, bairro novaiorquino conhecido pela grande quantidade de moradores negros. Nela, é dito que os homens ali presentes "soltavam grunhidos como se fossem porcos no cocho"; a nova versão, no entanto, diz apenas que o ambiente tinha uma "tensão eletrizante".

Faltam alterações?

Ainda como informado pelo Telegraph, as modificações realizadas nas obras do agente James Bondse limitam exclusivamente às referências a pessoas negras, sem abordar outras situações racistas de 007. Por exemplo, em '007 contra Goldfinger' existem algumas passagens ofensivas contra Oddjob, um personagem coreano, que não foram adaptadas.

A reportagem do veículo britânico também chama atenção para outros trechos das obras que poderiam ser alterados, mas não foram. Por exemplo, em um dos livros existe a expressão "sweet tang of rape" — que, em tradução livre, seria equivalente a "doce odor/sabor de estupro" —, e uma definição de homossexualidade como se tratando de uma "teimosa incapacidade".