Christian Brückner foi a julgamento na última sexta, 16, acusado de três crimes, que não possuem ligação com o sumiço da jovem, mas sessão foi suspensa; entenda!
Principal suspeito do desaparecimento de Madeleine McCann, Christian Brückner foi a julgamento na última sexta-feira, 16, devido a três acusações de estupro e abuso sexual — crimes que não possuem relação com o sumiço da jovem inglesa.
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No entanto, a sessão foi adiada momentos após sua abertura. Conforme relata a CNN, os advogados de Brückner entraram com o pedido de suspensão por acusarem uma juíza leiga do caso de ser tendenciosa.
Para isso, eles usaram postagens da juíza leiga em suas redes sociais, que incluem tweets contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A equipe de defesa de Christian apontou que a mulher possui opiniões "radicais".
Em uma postagem contra o ex-mandatário brasileiro, em agosto de 2019, a juíza leiga o classifica como "o diabo", apontando que Bolsonaro "destrói tudo", além de incitar atos de violência contra o ex-presidente. A publicação foi feita em inglês, português e alemão em agosto de 2019.
Uma juíza leiga deste tipo não tem nada a ver com a participação em um julgamento criminal justo", afirmou Friedrich Fuelscher, advogado de defesa do acusado.
Conforme explica a BBC, na Alemanha os julgamentos não possuem jurados. Assim, os juízes leigos (que são cidadãos comuns que ocupam os tribunais penais) são chamados para desempenharem um papel de representantes da opinião do público no caso.
No julgamento de Christian Brückner, por exemplo, o painel foi composto por cinco juízes: três deles sendo juízes profissionais e outros dois juízes leigos. Mas a equipe de defesa do acusado pediu o afastamento de uma delas, apontando ainda que a mulher trabalha como psicóloga infantil — o que pode se tornar uma fonte de preconceito no julgamento que envolve acusações de abuso sexual de crianças.
Brückner já está preso na Alemanha por agressão sexual contra uma mulher em Algarve, região portuguesa onde McCann desapareceu. Além disso, ele enfrenta outras três acusações.
A primeira é pelo estupro de uma idosa de 70 anos, também em Algarve; o segundo caso diz respeito ao abuso sexual de uma menina de 14 anos; e um caso de estupro sob ameaça de esfaqueamento. Os crimes aconteceram entre 2000 e 2017.
Após o pedido da equipe de defesa, o julgamento foi suspenso e ficou acordado que a juíza leiga seria investigada para saber se ela continuaria ou não no caso. As sessões devem ser retomadas nesta próxima semana.
