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Notícias / Espaço

Marte tinha água líquida há 2 bilhões de anos, sugere sonda da Nasa

Nova pesquisa indica que o planeta contava com rios e lagoas no passado

Isabela Barreiros Publicado em 29/01/2022, às 12h17

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A Sonda Mars Reconnaissance Orbiter da Nasa - NASA/JPL/Corby Waste via Wikimedia Commons
A Sonda Mars Reconnaissance Orbiter da Nasa - NASA/JPL/Corby Waste via Wikimedia Commons

Foi possível descobrir, por meio da sonda Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) da agência espacial americana Nasa, que Marte pode ter tido água líquida há 2 bilhões de anos. O planeta vermelho contaria com rios e lagoas no passado.

Segundo a dupla de cientistas Ellen K. Leask e Bethany L. Ehlmann, a hipótese é de que Marte teria sido habitat potencial para vida microbiana, mas acabou se transformando em um planeta desértico congelado em decorrência da diminuição da atmosfera marciana, que fez com que a água evaporasse.

Esse processo era pensado como tendo acontecido há 3 bilhões de anos, mas, a partir dos dados obtidos pela MRO nos últimos 15 anos foi possível encurtar essa “linha do tempo” do ciclo hidrológico marciano para um bilhão de anos menor do que se imaginava.

No estudo, publicado no periódico científico AGU Advances em 27 de dezembro, as pesquisadoras descrevem como usaram informações do Compact Reconnaissance Imaging Spectrometer for Mars (CRISM) do MRO para mapear sais de cloreto da água evaporada do degelo no hemisfério sul do planeta.

A datação dos sais foi feita a partir do conhecimento de que quanto menos crateras de impacto, mais jovem o local é. As especialistas também perceberam que os sais estavam situados em depressões que antes eram lagoas rasas, além de encontraram canais secos que podem ter abrigado riachos anteriormente.

Como repercutiu a revista Galileu, uma das experts envolvidas no estudo, Bethany L. Ehlmann, disse em nota que considera incrível que o MRO continue fornecendo informações importantes mesmo após mais de uma década em funcionamento.

Para ela, é impressionante que o equipamento da Nasa continue ajudando em “novas descobertas sobre a natureza e o tempo dessas antigas salinas conectadas a rios”.