Polícia acredita que o homem ameaçou denunciar atividades criminosas se não fosse pago
Redação Publicado em 09/08/2023, às 10h31
Gabriel Paschoal Rossi, um médico de 29 anos que foi torturado e assassinado no Mato Grosso do Sul, teria sido morto por conta da cobrança de uma dívida, segundo concluíram os investigadores do caso.
Uma amiga do profissional da área da saúde identificada apenas como "Bruna" devia cerca de 500 mil reais a ele. Um detalhe de relevância é que ambos participavam de uma quadrilha de estelionato, e, para pressioná-la a pagar, Gabriel teria ameaçado denunciá-la às autoridades.
A participação dele era de ponta. Ele fazia parte da fraude de cartões e de benefícios de pessoas mortas. Para isso, pegava documentos de terceiros, usava sua foto, e ia até o banco fazer saques, e depois repassava para a quadrilha. Ele entrou no esquema muito antes de se formar, durante a faculdade", explicou Erasmo Cubas, delegado liderando a investigação, de acordo com o UOL.
O oficial acrescentou que Gabriel provavelmente não tinha uma quantidade alta de lucro com o esquema criminal, uma vez que não possuía "nenhum patrimônio que indicasse isso".
Ainda segundo repercutiu o veículo, a polícia acredita que Bruna contratou três matadores de aluguel de Minas Gerais para colocar fim à vida do médico. Ela teria desembolsado 150 mil reais para custear seus serviços, além de ter financiado a viagem do trio até o local onde estava vítima — eles foram de ônibus e voltaram de avião.
O corpo de Gabriel Paschoal Rossi foi encontrado com as mãos e pés amarrados, e com uma meia na garganta, provavelmente colocada lá para abafar seus gritos durante a tortura. Ele foi asfixiado com fios.
