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Notícias / Ruanda

'Mentor' do Genocídio em Ruanda tem liberdade negada pela ONU

Tido como um dos principais responsáveis pelo episódio, Théoneste Bagosora teve seu pedido rejeitado pelo tribunal internacional

Pamela Malva Publicado em 05/04/2021, às 15h30 - Atualizado às 15h41

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Fotografia de Théoneste Bagosora - Divulgação/Youtube
Fotografia de Théoneste Bagosora - Divulgação/Youtube

Em meados de 2008, o Tribunal Penal Internacional para Ruanda condenou o coronel Théoneste Bagosora à prisão perpétua pelos crimes cometidos durante o genocídio ocorrido no país em 1994. Nesta segunda-feira, 05, um tribunal da ONU decidiu por negar a liberdade do homem, que foi tratado como ‘mentor’ do episódio.

De acordo com informações divulgadas pela agência de notícias AFP, o coronel era diretor de gabinete do Ministério da Defesa na época do genocídio e, por isso, é tido como um dos principais responsáveis pelo episódio que matou 800 mil pessoas.

Considerado mentor do conflito, então, Bagosora foi condenado por genocídio, crimes de guerra e contra a humanidade, em 2008. Mais tarde, a prisão perpétua foi reduzida para 35 anos de cadeia pela câmara de apelação, em meados de 2011.

Preso em Mali, o coronel entrou com o pedido de liberdade antecipada em março de 2019. No entanto, ainda que o benefício tenha sido garantido para outros genocidas que já cumpriram dois terços de suas sentenças, o mesmo não aconteceu com Bagosora.

Evidenciando “a extrema gravidade” dos crimes cometidos pelo militar, o presidente do Mecanismo Residual Internacional para Tribunais Penais, Carmel Agius, negou a liberdade do réu. Por fim, em sua decisão, a autoridade ainda afirmou que o coronel “não demonstrou suficientemente sua reintegração”.