Família da mulher, que vivia sozinha no Reino Unido, diz que ela foi "abandonada e deixada para morrer" por profissionais de saúde
Laura Winham, uma mulher de 38 anos de idade, faleceu em sua residência na cidade inglesa de Woking, no final do ano de 2017. Seu corpo, no entanto, seria encontrado muito tempo depois, em maio de 2021, por um irmão.
A família de Laura diz que ela foi "abandonada e deixada para morrer" pelo sistema público de saúde do Reino Unido, e também pelos serviços de assistência social. Winham sofria de esquizofrenia e, por isso, necessitava de cuidados especiais.
Os familiares acreditam que os profissionais perderam inúmeras chances de salvar a mulher ao serem negligentes enquanto ainda era viva ao não realizarem visitas de rotina. Eles alegam que o corpo teria sido descoberto antes caso a mulher estivesse sendo assistida.
Segundo informações do portal BBC, a mulher não queria manter contato com a família e, como as leis de privacidade britânicas asseguram esse direito, os profissionais de saúde não podiam fornecer qualquer informação sobre ela aos familiares. Os parentes afirmam que, em razão de sua doença mental, Winham acreditava eles estavam tentando prejudicá-la.
Roy, um dos irmãos de Laura, disse à fonte que o corpo foi encontrado pela família, que, depois de muitas tentativas de contato, decidiu ir até o apartamento onde ela vivia. Ele contou que viu o corpo ao olhar pela fresta de entrega de correspondências.
"Quando olhei pela caixa de correio, parecia que havia cobertores, mas, quando olhei para baixo, pensei ter visto um pé", disse o homem. "Havia um moletom que ela usava, que eu pensei que estava junto com cobertores e outras coisas. Foi aí que eu consegui olhar por outro ângulo, e deu para ver o rosto, o corpo."
"Algo me fez voltar a subir as escadas naquele dia, mas infelizmente o que vi me perseguiu por muito tempo", declarou Roy. O caso segue sob investigação.
