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Mulheres serão recrutadas para serviço militar na Dinamarca pela primeira vez

Desde 1998, mulheres podem se voluntariar para serviço militar na Dinamarca; mas, a partir de 2026, isso deve se tornar obrigatório em meio a tensões crescentes na Europa

Éric Moreira Publicado em 14/03/2024, às 10h28

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Mette Frederiksen, primeira-ministra da Dinamarca - Getty Images
Mette Frederiksen, primeira-ministra da Dinamarca - Getty Images

Mudanças recentes no plano de defesa da Dinamarca podem levar o serviço militar do país a sofrer grandes mudanças, com o recrutamento passando a ser obrigatório não só a homens, mas também a mulheres. A mudança ocorre em meio ao tenso cenário vivido na Europa depois da invasão russa ao território ucraniano em 2022.

Nas palavras da primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, em pronunciamento, "não nos rearmamos porque queremos a guerra. Estamos a rearmar-nos porquê queremos evitá-la". Ela também conta que o governo quer "total igualdade entre os sexos", além de estender o tempo de serviço militar de quatro para 11 meses.

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Segundo o The Guardian, os novos planos de defesa para 2024-2033 estimam que 5 mil recrutas, homens e mulheres, serão convocados todos os anos a partir de 2026. Vale mencionar que, no ano passado, cerca de 4,7 mil pessoas prestaram serviço militar no país, e as mulheres eram uma minoria, sendo apenas uma base voluntária que permanece por, geralmente, apenas quatro meses.

No momento, os planos ainda não foram transformados em lei definitivamente, mas negociações devem acontecer nas próximas semanas pela mudança. Anteriormente, o ministro da Defesa da Dinamarca, Troels Lund Poulsen já havia dito publicamente:

Infelizmente, a situação da política de segurança na Europa tornou-se cada vez mais grave e temos de ter isso em conta quando olhamos para a defesa futura. Um recrutamento mais robusto, incluindo a plena igualdade de género, deve contribuir para a resolução da tarefa das forças armadas, para a mobilização nacional e para o efetivo das nossas forças armadas."

Ele também acrescentou na ocasião que "é absolutamente crucial que consigamos um recrutamento mais robusto na Dinamarca quando tivermos de construir a defesa dinamarquesa. Portanto, é necessária uma base mais ampla para o recrutamento que inclua todos os gêneros."

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Novo modelo de recrutamento

No novo modelo de recrutamento proposto, anunciado na última quarta-feira, 13, é descrito que os novos recrutas receberão cinco meses de formação básica, antes de passarem seis meses no serviço operacional do Exército, Força Aérea ou Marinha da Dinamarca, completando assim os 11 meses previstos.

Atualmente, todos os homens do país — que possui uma população com pouco menos de 6 milhões de pessoas, vale mencionar — com mais de 18 anos e fisicamente aptos podem ser convocados para os serviços. Porém, geralmente o número de voluntários já é suficiente, então nem todos servem como militares de fato. Já as mulheres conquistaram o direito de se voluntariar somente em 1998.