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Notícias / Segunda Guerra

Na Austrália, seca revela tanque abandonado da Segunda Guerra Mundial

Uma vila inteira foi encontrada com diversos itens que foram vendidos após ficarem sem uso com o término da guerra

Wallacy Ferrari Publicado em 12/02/2020, às 11h30

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O tanque enferrujado, coberto d'água, no reservatório - Divulgação/Water NSW
O tanque enferrujado, coberto d'água, no reservatório - Divulgação/Water NSW

Uma seca onde a represa Warragamba está instalada, em Burragong Valley, na Austrália, revelou detalhes sobre a comunidade que ali existia antes da água tomar conta do local. A barragem mais importante para o abastecimento da capital do país, Sydney, foi construída entre 1948 e 1960 para suprir a então ascensão urbana da capital australiana, entretanto, conforme a água foi tomando a região do reservatório, menos resquícios rurais da região restaram.

Com a falta de chuva registrada no início de 2020, o nível da represa diminuiu de maneira que, ao longo dos dias, uma vila foi revelada, com uma ponte, uma pequena ferrovia, estradas, edifícios e, para a surpresa dos funcionários da barragem, um tanque de guerra M3Grant, usado na Segunda Guerra Mundial e completamente enferrujado. Outro artefato de guerra encontrado foi uma rede anti-torpedos, que estava presa no fundo do reservatório.

De acordo com Kate Lenertz, especialista em patrimônio da NSW Power, a empresa responsável pela concessão do reservatório, explica que não era incomum o uso de máquinas do exército para fins rurais, como assentamento de solo e limpeza de árvores. “Após o término da guerra, máquinas militares foram vendidas em excesso, e foram alguns agricultores usaram em suas propriedades”, acrescentou Lenertz em entrevista ao The Vintage News.

Apesar da evacuação forçada ter resultado em resquícios como o tanque, a empresa não teve interesse em se livrar dos vestígios rurais do passado e crê que os artefatos são uma ferramenta visual que narram a história da região.

“Eles contam sobre uma história quando são expostos e queremos deixá-los envelhecer no lugar”, concluiu Lenertz. No início do mês de fevereiro, uma forte tempestade atingiu a represa e o nível do reservatório voltou a subir em 26%, fazendo os itens voltarem para debaixo d’água.