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Notícias / Turquia

Na Turquia, área de 1,4 mil anos é descoberta embaixo de camada de cinzas

O local destruído por incêndio na Turquia, apresenta milhares de artefatos

Redação Publicado em 31/10/2022, às 21h59 - Atualizado às 22h00

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Foto meramente ilustrativa de Istambul na Turquia - Foto de Кирилл Соболев no Pixabay
Foto meramente ilustrativa de Istambul na Turquia - Foto de Кирилл Соболев no Pixabay

Na Turquia, um distrito de 1,4 mil anos na antiga cidade de Éfesos, foi escavado embaixo de uma camada de cinzas. O local é composto por um ambiente comercial e gastronômico bizantino, foi destruído por um incêndio em 614 ou 615 d.C.

Arqueólogos da Academia Austríaca de Ciências encontraram a área do município durante escavações neste ano de 2022. Como repercutido pela revista Galileu, o recém-descoberto fica na Praça Domiciano, adjacente ao centro político da cidade romana, a Alta Ágora.

O achado foi divulgado no dia 28 de outubro e como repercutido pela revista Galileu, encontra-se incrivelmente preservado. Em comunicado, Sabine Ladstätter,  responsável pelas escavações desde 2009, explicou que ter encontrado o local preservado dessa forma, foi bastante inesperado.

Incêndio maciço 

Essas investigações fazem parte de um projeto de pesquisa sobre as mudanças de Éfeso entre o Império Romano e a Antiguidade Tardia. 

Até mesmo através de moedas antigas encontradas ali— ao todo 700 de cobre e quatro de ouro— foi possível provar que o complexo esteve em funcionamento até 614 ou 615 d.C. 

O objetivo dos pesquisadores, foi focar na investigação de uma estrutura composta por várias instalações comerciais que cobrem uma área de cerca de 170 m². Complemente seladas por camada de destruição maciça, salas de até 3,4 metros de altura, foram conservadas.

Nesses locais, haviam peças inteiras de cerâmica, até mesmo taças inteiras que tinham restos de mariscos ou mesmo ostras. Além disso, cerca de 600 pequenas garrafas vendidas aos cristão foram encontradas.

Dia do ocorrido

Também foram encontradas joias de ouro, caroços de pêssegos, amêndoas e azeitonas, mas também ervilhas e legumes carbonizados, o que segundo Ladstätter não ajuda na compreensão do dia exato da destruição, mas auxilia no esclarecimento da estação do ano.

 “Não será mais possível determinar o dia exato da destruição, mas a avaliação das frutas encontradas pelo menos esclarecerá a estação do ano.”

Possível conflito militar

Como indica a pesquisa, é pouco provável que tenha ocorrido um terremoto que devastou Éfeso. Isso porque as paredes não mudaram, não haviam restos humanos e os pisos também não subiram.

A suspeita é de que tenha ocorrido um conflito militar, devido às pontas de flechas e de lanças encontradas. Em Sardes, a 100 quilômetros, foram encontradas moedas da mesma época das de Éfeso, o que comprova que a destruição tenha ocorrido dentro da cidade turca.

“Embora até agora tenha sido possível observar a partir de evidências arqueológicas que a cidade se tornou menor aos trancos e barrancos no século 7 e o padrão de vida caiu significativamente, as razões para isso não eram claras”, afirma a especialista.

Ela ainda explicou que devido ao fato de que a circulação de moedas caiu para um nível bem menor do que dos séculos anteriores, talvez seja necessário vincular esse capítulo na história urbana de Éfeso com as guerras sassânidas.