Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Lula

No Jornal Nacional, Lula fala sobre Bolsonaro: 'Parece um bobo da corte'

O ex-presidente Lula foi entrevistado no Jornal Nacional nesta quinta-feira, 25

Redação Publicado em 25/08/2022, às 21h17 - Atualizado às 22h52

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Lula durante entrevista ao Jornal Nacional - Reprodução/TV Globo
Lula durante entrevista ao Jornal Nacional - Reprodução/TV Globo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que agora concorre as eleições presidenciais 2022, foi o terceiro entrevistado das sabatinas do Jornal Nacional, da TV Globo.

Entrevistado porWilliam Bonner e Renata Vasconcellos, Lula falou sobre temas cruciais para o país, como: corrupção, economia, estratégias do passado e a chapa do ex-presidente com Geraldo Alckmin (PSB). 

Ao decorrer da entrevista, o petista comparou o Mensalão, escândalo que estourou durante a Era Lula, e o Orçamento Secreto, que agora ocorre durante o governo Bolsonaro. Com isso, Lula citou o Centrão. 

Confira abaixo, a transcrição da entrevista. 

Renata Vasconcellos: "Mas como evitar escândalos de corrupção como o que houve?"

Luiz Inácio Lula da Silva: "Mas você... Punindo as pessoas, denunciando as pessoas. O que eu acho maravilhoso é denunciar a corrupção. O que é grave é quando a corrupção fica escondida. Por isso que eu acho importante uma imprensa livre, por isso que eu acho importante uma justiça eficaz, porque se tiver um problema de corrupção, Renata, tem que ser denunciado".

Renata Vasconcellos: "O senhor falou de......"

Lula: "Em qualquer lugar tem que ser denunciado: na empresa privada, na empresa pública. Não é possível você ficar guardando a corrupção sem levar em conta o prejuízo que aquilo traz à sociedade brasileira. Então, minha cara, é o seguinte: toda esse monte de coisa que eu li para vocês aqui, isso vai ser aperfeiçoado para fazer mais e melhor, para que a gente possa até descobrir, mas, quando descobrir, as pessoas serão punidas. Pode ficar certa disso".

Renata Vasconcellos: "O senhor falou em orçamento secreto, e a gente falou também em corrupção, que não tem como se comparar, porque não existem níveis?"

Lula: "O orçamento secreto é uma excrescência".

Renata Vasconcellos: "Exato, não existem níveis de corrupção, não é? Corrupção é corrupção. Mas o senhor mencionou o orçamento secreto. Como negociar, então, com o centrão sem moedas de troca como essa do orçamento secreto que o senhor critica tanto?"

Lula: "Isso não é moeda de troca, Renata, isso aqui é usurpação do poder. Ou seja, acabou o presidencialismo, o Bolsonaro não manda nada. O Bolsonaro é refém do Congresso Nacional. O Bolsonaro sequer cuida do orçamento, Renata, sequer cuida do orçamento. O orçamento quem cuida é o Lira. Ele que libera verba. O ministro liga para ele, não liga para o Presidente da República. Isso nunca aconteceu desde a Proclamação da República. E eu tenho consciência que uma das tarefas minhas e do Alckmin, se a gente ganhar, é a gente tentar, primeiro, trabalhar durante o processo eleitoral para que a gente eleja muitos deputados e muitos senadores com outra cabeça; segundo, acabar com essa história de semipresidencialismo, de semiparlamentarismo no regime presidencial".

Renata Vasconcellos: "Mas o senhor acha mesmo que vai conseguir..."

Lula: "O Bolsonaro parece o bobo da corte. Ele não coordena orçamento. Veja que engraçado, ele agora acabou de aumentar o auxílio emergencial para 600 reais, correto? Ele queria 200, a gente queria 600, ele mandou 500, agora mandou 600. Até quando? Até dia 31 de dezembro. Porque na LDO que ele mandou para o Congresso Nacional agora, não tem a continuidade. E ele então acaba de mandar a LDO, e vem aqui mentir e dizer: "Não, eu vou continuar, eu vou continuar". Se ele vai continuar, por que ele não colocou, ali, diretriz orçamentária?"

Renata Vasconcellos: "Mas o senhor acredita mesmo, sobre o orçamento secreto, que o senhor vai conseguir convencer o Congresso a abrir mão de um mecanismo que dá tanto poder aos parlamentares?"

Luiz Inácio Lula da Silva: "Vamos. Vamos".