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Notícias / Arqueologia

Novo estudo indica que promontório na Escócia pode ser fortificação artificial

Massa de terra projetada em lago na Escócia que se pensava ser natural pode ser, na verdade, uma espécie de crannóg, uma ilha artificial e espécie de fortificação antiga

Fotografia do promontório que novo estudo acredita ser crannóg - Divulgação/Instituto de Arqueologia da Universidade das Terras Altas e Ilhas/Tom O'Brien
Fotografia do promontório que novo estudo acredita ser crannóg - Divulgação/Instituto de Arqueologia da Universidade das Terras Altas e Ilhas/Tom O'Brien

Um novo estudo realizado por estudantes da Universidade das Terras Altas e Ilhas (UHI), da Escócia, revelou que o que se pensava ser um promontório no Lago de Wasdale, no arquipélago de Órcades pode ter sido, na verdade, um antigo crannóg.

Os promontórios, vale mencionar, são massas de terra que se projetam sobre as águas de um lago, rio ou qualquer outro corpo d'água; já os crannógs são ilhas artificiais, construídas nas águas de um lado, rio ou estuário, e serviam como habitação e espécies simples de fortificações nos tempos pré-históricos e na Idade Média.

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Crannóg / Crédito: Foto por martin dawes pelo Wikimedia Commons

Segundo o Heritage Daily, a maioria dos crannógs encontrados na Escócia ao longo dos séculos eram construídos com estacas de madeira cravadas no leito de lagos, e preenchendo o interior com turfa, arbustos, pedras e madeira, criando assim uma base sólida. Por vezes, em regiões com menos árvores, eram construídos com a ampliação de ilhas já existentes, ou junção de ilhotas.

Descoberta

A descoberta, realizada por estudantes do Instituto de Arqueologia da UHI, foi feita a partir de testes em um promontório ao norte do Lago de Wasdale. "Aparece como uma ilhota no mapa do Ordnance Survey de 1882. Pouco se sabe sobre o local, mas o fato de as bordas da costa parecerem mostrar restos de paredes levou à sugestão de que pode ser um crannóg", segundo comunicado da UHI.

Sabe-se que durante a Idade Média, aquele promontório já abrigou uma igreja. Porém, só graças ao novo estudo foi descoberto que aquela faixa de terra sobre o lago era, na verdade, uma ilhota artificial.

"Uma estrutura feita de alvenaria muito grande parece estar escondida no centro da construção. Construir este ‘monumento’ deve ter sido um empreendimento muito substancial", afirma o professor Martin Carruthers em comunicado. "Em termos de artefatos, para além de alguma cerâmica vidrada pós-medieval posterior, recuperamos uma única pederneira trabalhada, provavelmente um raspador de 'miniatura', que provavelmente é do Neolítico posterior".