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Notícias / Paranormal

O que aconteceu com Janet, a mulher que protagonizou o maior poltergeist da história

Responsável pelas manifestações paranormais mais impressionantes do caso Enfield, a jovem foi alvo de uma extensa investigação

Wallacy Ferrari Publicado em 27/08/2020, às 09h35

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Uma das fotos relatando a manifestação sobrenatural em Enfield - Divulgação / Graham Morris
Uma das fotos relatando a manifestação sobrenatural em Enfield - Divulgação / Graham Morris

Em agosto de 1977, um estranho episódio no bairro londrino de Enfield mudaria a história dos acontecimentos sobrenaturais no Reino Unido, quando Peggy Hodgson, uma mãe solteira de quatro crianças, ligou para a polícia alegando uma possível invasão em sua residência. De acordo com a mulher, suas filhas Margaret, de 13 anos, e Janet, de 11, ouviam batidas em uma parede no cômodo ao lado ao dos quartos.

Com todos os residentes em suas respectivas camas, não faria sentido um barulho humano partir de qualquer outra parte da casa, logo, as autoridades foram até a casa buscando pistas. Com a presença de policiais e, posteriormente, investigadores internacionais, iniciou-se uma extensa análise sobre casos sobrenaturais na residência, coberto pela imprensa britânica ao longo de 18 meses.

Relatos de “curiosos assobios e latidos”, batidas sem sentido, puxões e principalmente, a alteração de voz da caçula Janet, era os fatores mais impressionantes na casa da família Hodgson. A pequena, no entanto, seria alva da investigação dos demonologistas Ed & Lorraine Warren, que contavam com os melhores equipamentos da época para registrar as assombrosas passagens na residência.

Janet, em fotografia em 1978 (à esq.) e em 2012 (à dir.) / Crédito: Divulgação / Youtube

Janet em Enfield

A investigação inicialmente não levantou suspeitas, fazendo os pesquisadores acreditarem em reais fenômenos sobrenaturais no domicílio. Porém, a principal acusadora de uma possível farsa asseria, justamente, a jovem Janet. Em câmeras de vídeo um dos primeiros feitos foram registrados durante a noite, quando Ed e Lorraine saíam.

A garota foi vista pegando colheres na cozinha e, com o auxílio de uma barra de ferro apoiada sobre uma parede, as entortava. Posteriormente, as guardava na gaveta, afirmando que algum tipo de entidade realizou o feito durante a noite. O registro não seria o único do tipo; dias depois, Maurice Grosse, membro da Sociedade de Pesquisa Psíquica, pegou a jovem no flagra batendo uma vassoura no teto.

As batidas, feitas com o máximo de cuidado e silêncio possível, seriam relatadas pela jovem como batidas de espíritos durante a madrugada, quando fossem ouvidas no gravador. A descoberta, no entanto, rendeu uma grande vergonha para a família, que teve de realizar uma retratação. De acordo com alguns pesquisadores, realmente houve ação sobrenatural no local, porém, os familiares preferiram aproveitar a exposição para chamar ainda mais atenção.

Janet e Margaret com Lorainne Warren no set de Invocação do Mal 2 / Crédito: Divulgação/Facebook/The Enfield Poltergeist/04.06.2016

Nos dias atuais

Apesar de realizar diversas entrevistas sobre o assunto, Janet manifestas opiniões incongruentes em relação ao episódio; em algumas ocasiões, afirmou que os ocorridos não passaram de armação, mas em outras entrevistas, não apenas relatou que tratava-se de uma manifestação real de paranormalidade, como foi forçada a dizer o contrário.

Maurice Grosse contribuiu com os relatos de confirmação, afirmando que, apesar dos momentos das brincadeiras de mau-gosto com os pesquisadores, seria impossível negar as alterações de voz presenciadas pela equipe: “Manter esse tipo particular de voz por um período de tempo sem machucar as cordas vocais é absolutamente impossível”.

Janet hoje faz questão de comentar o assunto quando consultada e chegou a visitar o set de filmagens do filme “Invocação do Mal 2”, que reproduziu sua história em Enfield, Hoje, aos 54 anos de idade, mora na Inglaterra e não tem interesse em revisitar a antiga casa.


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